Um trabalhador da empresa de segurança privada “Chik – Chik”, de nome Emílio Cacumba César, foi suspenso em Novembro de 2023 após denunciar, através de um áudio no WhatsApp, as condições precárias de trabalho enfrentadas pelos trabalhadores da filial da empresa no Lobito, soube o Imparcial Press.
No referido áudio, Emílio – que desempenha a função de assistente de recursos humanos – reportava queixas dos colegas acerca da má alimentação, falta de uniformização, não pagamento da segurança social e salários em atraso, acumulando até quatro meses de atrasos ao chefe de departamento de recursos humanos de Luanda.
Mas, antes de tudo, os trabalhadores [seguranças] da área de Benguela (As Águias) trouxeram o caso ao público através de uma das emissoras locais, expondo a inércia da gestão local em resolver os problemas.
Apesar das dificuldades enfrentadas pelos seguranças e das tentativas de Emílio em chamar a atenção da gerência para a situação, o gerente, Pedro Sesa, manteve-se passivo. Mesmo após solicitações para que interviesse junto aos responsáveis em Luanda, o gerente permaneceu inerte, agindo como se nada estivesse ocorrendo.
A situação agravou-se quando o áudio de Emílio chegou ao conhecimento do diretor máximo da empresa. A partir daí, iniciou-se um conflito interno, com o diretor repreendendo o gerente [Pedro Sesa] pela falta de ação diante das denúncias.
Em 10 de Novembro de 2023, durante uma reunião, o delegado Henrique Oliveira Hungulo suspendeu Emílio César até segunda ordem, sem qualquer justificativa formal, como manda a lei.
Emílio, que agiu em prol dos direitos dos demais colegas, questiona a legalidade de sua suspensão, ressaltando a ausência de fundamentação no regulamento interno da empresa ou na Lei Geral de Trabalho que justifique tal medida.
Após cinco meses de suspensão, Emílio César permanece aguardando uma resolução para sua situação. “Gostaria que alguém de direito me ajudasse a resolver este caso”, lança o apelo.
Imparcial Press