Um especialista em criminalística disse que os sinais que o corpo do empresário Sebastião Maria de Sousa Penelas apresenta levaram a autópsia concluir que o empresário desaparecido às 22 horas do dia 17 de Outubro, depois de conviver com amigos num restaurante no Zango II, município de Viana, foi executado uma semana depois de desaparecer.
Pressupõe dizer que ainda viveu depois de oito dias do seu desaparecimento, e que traumatismo craniano encefálico é prova de que a agressão foi feita com objecto contundente, lê-se no certificado de óbito.
Com nostalgia, angustia, muita tristeza e lamentações, a família e amigos não compreendem as motivações de tão tamanha crueldade.
“Não sabemos o que Penelas fez para merecer tamanha barbaridade dado que era pai, irmão, esposo, tio, amigo e vizinho muito querido”, questiona um amigo.
“Vivemos 14 dias na angústia, mas tínhamos esperança de voltarmos a ver o nosso irmão vivo hoje, mas nos foi negada essa possibilidade; hoje está morto da pior maneira de que um ser humano não se espera”, disse António Penelas, irmão.
A autópsia revela que o estado avançado de decomposição em que o corpo foi encontrado não facilitou fazer-se a leitura da parte do corpo mais afectada com a pancada, mas deu-se conta que os assassinos atingiram a cabeça.
Mas cogita-se que foi morto noutro lugar. “As investigações continuam e nós não vamos descansar, enquanto não obtermos resultados e que os autores sejam identificados e justifiquem a razão de tanta barbaridade”, advertiu um familiar.
O último amigo a falar com ele Francisco David Abrão, mais conhecido por Napoleão, foi um dos amigos que o viu pela última vez.
“Falar do Penelas é dizer que é um grande amigo e amigo dos amigos, grande camarada, com ele aprendi muito”, lembrando dia do seu desaparecimento, “estivemos juntos das 17h20 às 22h40, homem de paz, grande senhor no verdadeiro sentido da palavra”.
“Lembro-me quando dizia que já trabalhou em muitos países, sem revelar a ocupação”, frisou.
Sabe o NA MIRA DO CRIME que o malogrado foi Presidente do Conselho Administrativo da Endiama, deu instrução na área de diamantes ao pessoal da Endiama e SINFO, foi delegado da TAAG em países como: Brasil, Portugal, África do Sul e Inglaterra.
Na Mira do Crime