A decisão da administração Trump de suspender programas de ajuda externa e eliminar a Agência de Desenvolvimento Internacional (USAID) levanta preocupações sobre o futuro dos investimentos americanos no Corredor do Lobito. Alguns projectos ao longo do corredor já foram suspensos, mas a Lobito Atlantic Railway afirma que os cortes não afectam directamente o investimento no projecto.

A concessionária do Corredor do Lobito espera receber, nos próximos três meses, um financiamento de 500 milhões de dólares do Development Finance Corporation (DFC), parte dos 878 milhões previstos no contrato, segundo Francisco Franca, director executivo do consórcio. Os fundos serão destinados à construção e desenvolvimento de infraestruturas em Angola.

Apesar da extinção da USAID, o financiamento da DFC continua garantido. No entanto, a agência havia disponibilizado 250 mil dólares para estudos financeiros e solicitado 5 milhões para um estudo de pré-viabilidade, valores que agora estão suspensos. Analistas destacam que a DFC é financiada de maneira diferente da USAID, mas há incerteza sobre a suspensão da ajuda.

O portal Devex revelou um e-mail do vice-presidente da DFC, alertando que os atrasos podem prejudicar clientes devido a obrigações pendentes. A Bloomberg informou que o projecto enfrenta desafios por conta do congelamento da ajuda externa, aumentando o temor de interrupções nos financiamentos para estudos e serviços técnicos.

O Decreto