PCA da petrolífera explica que, para permitir novas contratações, estes funcionários são enquadrados no estatuto de estagiários, e não no quadro do pessoal como trabalhadores efectivos.
A Sonangol tem na sua folha salarial 2 mil funcionários que não trabalham, anunciou, nesta terça-feira, 25, em Luanda, a maior empresa do País, detida pelo Estado angolano.
Sebastião Pai Querido, Presidente do Conselho da Administração da companhia petrolífera, que a sua direcção está a trabalhar num plano que visa dar utilidade ao grupo de trabalhadores em excesso.
Na conferência de imprensa a propósito dos 49 anos da Sonangol, o gestor explicou que, para permitir a entrada de mão-de-obra nova, estes funcionários são enquadrados no estatuto de estagiários, e não propriamente no quadro do pessoal como trabalhadores efectivos.
“Mas não vamos correr o risco de tomar a decisão de colocar o pessoal vivo e sedentário no desemprego, sob pena de termos outros impactos, que não são só os financeiros”, afirmou Sebastião Pai Querido.
A propósito do tema, Diamantino Azevedo, ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, referiu que o quadro de excesso de trabalhadores na Sonangol preocupa-o bastante.
“O excesso de pessoal, a questão de alguns activos e passivos que possui e que não servem à empresa, a questão de termos a Sonangol a produzir mais petróleo, a operar mais petróleo, é uma questão também que me preocupa bastante”, disse o governante.
Diamantino Azevedo reiterou o desejo de ver a petrolífera a elevar os seus níveis de produção: “Quero, efectivamente, ver a Sonangol chegar à percentagem que em conjunto decidimos, requalificar esse pessoal, dar mais formação para que eles possam ser utilizadas em outras áreas, se calhar fora do qual estão formados; mas, acima de tudo, a Sonangol ter mais actividade económica”.
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