cidadão nacional de 26 anos de idade, foi detido no último final de semana, pelo Serviço de Investigação Criminal (SIC), através da sua Direcção de Combate aos Crimes Financeiros e Fiscais, acusado de integração a uma rede criminosa, envolvida em esquemas fraudulentos de subtracção de dinheiro em contas bancárias, sendo que a mais recente acção ilícita tenha resultado na subtracção de mais de 500 milhões de kwanzas, de uma conta bancária de uma empresa privada, usando o aplicativo internet banking.
Por: Alfredo dos Santos Talamaku
Mediante apuramento feito pelo SIC, o cidadão pertence a uma rede criminosa, composta por três elementos, sendo que dois já se encontram presos num dos estabelecimentos prisionais de Luanda, pelas mesmas práticas.
Segundo o Superintendente-chefe, Manuel Halawia, director do Gabinete de Comunicação Institucional do SIC-Geral, as acções eram realizadas com o apoio de um cidadão de nacionalidade indiana “hacker” em fuga, que usava o aplicativo multicaixa express e outros serviços de internet banking da referida empresa, e subtraíram mais de 500 milhões de kwanzas, levando a firma em prejuízos consideráveis.
“O detido agia com dois dos seus comparsas, detidos, mas acredita-se que haja outros que exerciam papéis distintos; um com a missão de obter conhecimento de contas de empresas com avultados valores monetários e com pouca movimentação”, informou.
O responsável avançou ainda que, das investigações, apontam que há fortes indícios de envolvimento de trabalhadores da referida empresa, pois, para se ter o acesso e ter conhecimento do montante em uma determinada conta, é necessário que se tenha alguém ligado à empresa que preste as informações, ou então alguém ligado a um determinado Banco.
Segundo o SIC, os implicados actuavam por via de markting digital nas redes sociais, fazendo-se passar por promotores de vendas de produtos de várias empresas, algumas de nível alto no mercado.
Por outro lado, usavam influenciadores digitais que os ajudavam a promover a imagem dos serviços por eles prestados, e, posteriormente, acabavam por adquirir informações das contas bancárias.
“Estes fornecem contas singulares ou de empresas onde fazem circular o dinheiro que rapidamente são subtraídos das contas”, alertou.
“Os empresários devem sempre procurar empresas idóneas para promoção dos seus negócios, no sentido de não serem mais tarde prejudicados por esses indivíduos, pois eles acabam tendo informações privilegiadas das empresas, permitindo-os o acesso às contas bancárias para o saque”, aconselhou.
Acrescentou que o SIC trabalha com os bancos e, do trabalho feito, foi possível a apreensão e cativação de contas bancárias, com o equivalente a 180 milhões de kwanzas, pertencentes a elementos envolvidos em esquemas semelhantes.
NA MIRA DO CRIME