Na administração do Chitato, Lunda Norte, um esquema de corrupção envolvendo três irmãos tem gerado preocupação entre os funcionários públicos e a população local. O administrador Leny Muteba, sua irmã Esperança Castigo, diretora municipal da Agricultura, e o irmão Celso Muteba, oficial da Migração, são acusados de delapidar o erário público desde o governo da ex-governadora Satula até a atual governadora Miza.
Desde a nomeação de Leny Muteba, um esquema de lavagem de dinheiro ganhou força. De acordo com denúncias, Leny teria orientado Celso a criar uma empresa que serve como fachada para desvio de recursos públicos. A Direção da Agricultura, sob a gestão de Esperança, canaliza boa parte dos orçamentos destinados a projetos públicos para a empresa do irmão, Celso. Estima-se que milhões de kwanzas tenham sido desviados ao longo desse tempo, elevando significativamente o patrimônio de Leny em imóveis na capital, Luanda.
Funcionários da administração do Chitato estão em estado de preocupação, questionando a governadora Miza sobre sua consciência em relação a essas práticas. “Queremos saber se a senhora sabe ou se não quer saber o que se passa aqui”, afirmam os funcionários, que se sentem impotentes diante da situação. Os administradores adjuntos, por sua vez, permanecem em um silêncio triste, cientes das irregularidades, mas sem ação.
Recentemente, o trio de irmãos foi acusado de desviar mais de 1.700.000 AKz destinados a uma campanha de vacinação de gado bovino, levantando ainda mais indignação entre os funcionários e a comunidade local. A falta de ação efetiva por parte da Procuradoria Geral da República (PGR) tem alimentado a sensação de impunidade e desconfiança nas instituições locais.
A situação exige uma resposta clara das autoridades, não apenas para restaurar a confiança da população, mas também para garantir que os recursos públicos sejam utilizados de forma justa e transparente.
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