“Realização de uma terceira greve geral não é saudável para a economia angolana” – analista

Estava previsto um reajuste salarial na ordem dos vinte e cinco por cento na função pública no mês de Janeiro, medida esta que não será materializada, pois o Executivo apresentou para as centrais sindicais o mês de Março, para o cumprimento da negociação.

A medida, anunciada em 2024, criou várias expectativas aos agentes económicos. O economista José Lumbo entende que os sindicatos, no acto das negociações, devem sempre apresentar abordagens clarificadas de modo a tranquilizar os agentes económicos.

A paralisação dos serviços por meio da grave é considerada pelo economista uma acção não saudável, por isso, sugeriu que as entidades governamentais, junto das entidades sindicais, no processo de negociação, encontrem um meio-termo para não prejudicar a economia angolana e assim explicar os reais motivos que estavam o arrastamento dos vinte e cinco por cento.

“A realização de uma terceira greve não é saudável para a economia angolana, sobretudo nessa fase inicial”, defendeu.

Segundo o secretário-geral das Centrais Sindicais, Jacinto Francisco, a par do reajuste salarial, existem no caderno reivindicativo outros acordos que continuam a não ser cumpridos, como o processamento da remuneração dos trabalhadores da função pública que estão em zonas recônditas.

“Nós reiteramos o incumprimento de outras cláusulas do acordo, dos pontos constantes, apenas está em execução uma cláusula que é referente ao salário mínimo nacional”, disse.

Quanto a nova data para o reajusto salarial, Jacinto abriu diálogo para as negociações, mas garantiu existir consequências, caso não se materialize os acordos.

“Estamos disponíveis para tudo, somos parceiros, qualquer incumprimento de acordo há sempre uma consequência, declarou.

Quanto aos retroativos, o Secretário de Estado para o Trabalho e Segurança Social, Pedro José Filipe, avançou que a partir de Janeiro, estarão assegurados e que os atrasos pressupõe a obediência de alguns procedimentos legislativos.

O encontro do governo com as centrais sindicais, que durou aproximadamente 4 horas, aconteceu nesta terça-feira, 07, como resultado da conferência de imprensa realizada pelo executivo.

Correio da Kianda

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