Faz hoje, 11, 49 anos desde a proclamação da independência, em 1975, pelo primeiro presidente de Angola, António Agostinho Neto, 14 anos após o início da luta armada contra o domínio colonial português.
Passados quase cinco décadas, especialistas afirmam que, Angola ainda está longe de atingir os objectivos protagonizados por aqueles que derramaram o seu sangue e suor para sua libertação.
A ideia foi defendida durante uma abordagem sobre o tema “Angola, da independência à actualidade”.
Os intervenientes do programa entendem que a independência nacional é a maior conquista de Angola de todos os tempos.
Na ocasião, o antropólogo Miguel Kimbenze disse que passados 49 anos de independência, o actual cenário social não reflecte o país idealizado pelos mártires da libertação nacional.
“Infelizmente, o tecido social que era canalizado e defendido por estes três grandes autores está longe de ser alcançado – Hólden Roberto tinha uma teoria que introduziu no seio, da sua luta, liberdade de terra, Agostinho Neto, defendia que primeiro é resolver o problema do povo, Jonas Savimbi defendeu que devemos priorizar o campo para depois levar a cidade, vejam a importância, a filosofia de pensamento que estes grandes patriotas tiveram, quando olhavam para Angola, uniam o pensamento”, argumentou.
E do ponto de vista económico, Fábio Manuel referiu que a regressão de Angola podia ser evitada tempos atrás, com a aposta na diversificação económica.
“O período 2004 até 2014 foi aquele que nós podemos aqui considerar como sendo o período de prosperidade, porém que nós perdemos nesse período uma soberana oportunidade de investirmos a nível da produção interna, investirmos naquilo que deveria ser a diversificação da nossa economia, na industrialização, paradoxalmente a isso, nós no período 2004 até 2014, o que nós de facto acompanhávamos era o esbanjar da prosperidade”, finalizou.
Lembrar que este ano acto central dos 49 anos de independência, terá lugar na província de Malanje sob lema “11 de Novembro: Unidade Nacional, Produção e desenvolvimento sustentável”.
Correio d Kianda