Os ecos do discurso do Presidente da República, João Lourenço, durante o congresso extraordinário do MPLA ainda ressoam. Ele afirmou que no programa de combate à corrupção, “não desistiremos, ainda que os primeiros a caírem sejam dirigentes destacados do MPLA”. Aqueles que ignoraram essa advertência começam a sentir o peso da profecia.
Dentre os alvos mais esperados está o ministro Antônio da Costa Pitra Neto, que por mais de 25 anos esteve à frente do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS). A expectativa por um inventário esclarecedor sobre sua gestão e a origem de seu enriquecimento ilícito é crescente, uma vez que o INSS deveria ser uma das instituições mais poderosas do país em termos de reservas financeiras. No entanto, sua administração é marcada por suspeitas de enriquecimento pessoal.
Dentre os alvos mais esperados está o ministro Antônio da Costa Pitra Neto, que por mais de 25 anos esteve à frente do Instituto Nacional de Segurança Social (INSS). A expectativa por um inventário esclarecedor sobre sua gestão e a origem de seu enriquecimento ilícito é crescente, uma vez que o INSS deveria ser uma das instituições mais poderosas do país em termos de reservas financeiras. No entanto, sua administração é marcada por suspeitas de enriquecimento pessoal.
Informações indicam que Pitra Neto utilizou os recursos do INSS como se fossem de sua propriedade. Com os fundos do instituto, teria adquirido um luxuoso penthouse no Estoril, Portugal, além de vários imóveis em Angola. Até então, muitos acreditavam que esses bens pertenciam ao INSS, mas a realidade parece ser diferente.
Em resposta a essas alegações, o Presidente Lourenço emitiu o despacho presidencial 20/20, de 17 de fevereiro, ordenando a abertura de um inquérito para reavaliar o patrimônio do INSS. Essa sindicância surge em um momento crítico, dado que as instalações do instituto, que deveriam servir ao bem público, foram construídas com dinheiro dos contribuintes, mas passaram a ser vistas como patrimônio privado.
A insatisfação é palpável entre os pensionistas, que durante anos descontaram para a segurança social com a esperança de garantir um futuro mais seguro. Infelizmente, suas pensões nunca tiveram aumentos significativos, enquanto o ministro acumulava bens de forma impressionante, levantando questões sobre a ética de sua gestão.
A corrupção e os desvios de recursos públicos não apenas corroem a confiança nas instituições, mas também comprometem o desenvolvimento sustentável do país. Infelizmente, muitos angolanos são testemunhas de como as riquezas do país foram mal administradas, enquanto a pobreza continua a assolar milhões. A luta contra a corrupção é, portanto, uma trincheira essencial para a reconstrução da dignidade e do futuro de Angola.
Édson Sousa