O Valor Económico visitou a província, passou pelos municípios de Ondjiva, Ombandja, Cuanhama e Namacunde e constatou que a miséria, agravada pela seca, continua a dilacerar as populações. Há zonas sem assistência social. Por lá, não se sabe das propaladas iniciativas governamentais, como Kwenda, o programa de transferências monetárias às famílias vulneráveis. Ou a merenda escolar, iniciativa que se destina a melhorar o aproveitamento das crianças em idade escolar, enquadradado do Programa Integrado de Desenvolvimento Local e Combate a Pobreza (PIDLCP).
Em quase toda a extensão, é visível a miséria de uma terra onde não se vislumbra o verde das árvores ou do capim por estar tudo seco. Não há o que comer. Todos dependem dos pequenos ‘stocks’ que conseguem fazer graças à colheita das plantações de massango e de massambala feitas em vésperas de quando a pouca chuva aparece. No entanto, em boa parte do território, é visível um paradoxo na composição da terra. Apesar de, nesta altura, se assistir a uma seca acentuada, grande parte da província é pantanosa. “Também não pode chover muito porque fica tudo inundado”, queixam-se os munícipes.