A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) apontou, esta semana, a entrada em produção dos projectos Agogo Full, Field (Bloco 15/06), CLOV (Bloco 17), Begónia (Bloco 17/06), Infills do Greater, Plutónio (Bloco 18) e KARI (Bloco 32), a partir de 2025, entre os principais activos para manter a produção petrolífera acima de um milhão de barris/dia até 2027. A informação consta no relatório da ANPG (concessionária nacional) apresentado no X Conselho Consultivo do Ministério dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás.
O mesmo também prevê, para 2026, a entrada em produção dos projectos Sanha, Mafumeira Connector (Bloco 0) e Agogo Full Field (campo Agogo – Bloco 15/06). O objectivo da concessionária é impulsionar e intensificar a reposição de reservas, visando atenuar o declínio acentuado da produção de hidrocarbonetos, tendo como prioridade o desenvolvimento de novos blocos, aliado ao (re)desenvolvimento dos campos maduros. Em relação aos campos marginais já identificados (p.ex., Ndola Sul, Cameia e Chissonga), a perfurar poços de pesquisa adicionais nos prospectos identificados nas áreas de produção, estes constam das principais acções e projectos em curso no presente exercício, segundo o documento a que o Jornal de Angola teve acesso.
Entre as actividades a serem desenvolvidas em 2025 também se destaca a entrada em produção do projecto Ndola Sul (Bloco 0), sem perder de vista o arranque da produção do projecto Kaminho (Bloco 20/11), previsto para 2028, operado pela TotalEnergies, cujo investimento ronda os seis mil milhões de dólares.
Programa de concessões
Angola conseguiu estabilizar os níveis de produção com um programa de concessões de novos blocos, sendo que em 2023 foram perfurados os poços Kora-1 e Lumpembe-1 (Bloco 15/06), no presente ano foram perfurados os poços de pesquisa Ben-P-OPAX (Bloco 14), Likembe-1 (Bloco 15) e Dália-6 (Bloco 17) e os poços de avaliação Tobias-13 e Tobias-14 (Bloco KON 11), que resultaram na descoberta de 88 MMBO. Outro factor de grande expectativa está relacionado com a previsão de perfuração do poço Acácia-5 (Bloco 17) no próximo ano, numa altura em que a ANPG projecta a introdução da plataforma digital para acelerar o processo de aprovação de despesas até 2025.
Nova estratégia
A nova estratégia tem como finalidade definir a abordagem de atribuição de concessões petrolíferas para 2026-2030, o processo terá início pela manifestação de interesse de uma entidade para negociação directa.
Caso surjam outras, será realizado Concurso Público Limitado. O projecto visa implementar o modelo de partilha de navios de suporte à actividade de produção petrolífera em prática desde 2024, num processo suportado por trâmites legais e interacções com a AGT e AMN no sentido de promover uma estreita colaboração entre as partes envolvidas.
A ANPG, na qualidade de concessionária, também está a desenvolver trabalhos com vista a implementar uma plataforma digital para partilha de inventário entre operadores, que deverá entrar em vigor a partir de 2025, incluindo a definição da estratégia de partilha.