Em mais uma revelação bombastíca, o empresário angolano Henrique Miguel Riquinho afirmou que o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido no poder, distribuiu milhões de dólares para influenciar as eleições de 2022, especificamente para evitar o apoio de artistas famosos à oposição. Entre os beneficiados pelo esquema estão os artistas Dog Murras e Yuri da Cunha.
Segundo Riquinho, que foi o intermediário, o MPLA o procurou para usar parte do dinheiro para garantir que Dog Murras não se juntasse à lista de deputados da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), e que Yuri da Cunha não participasse de atividades de apoio ao líder da UNITA, Adalberto Costa Júnior. Ambos os artistas são influentes no cenário cultural angolano e seus endossos poderiam ter impacto significativo nas intenções de voto.
Riquinho, que tem um histórico de apoio financeiro ao MPLA, destacou que esta foi a primeira vez que recebeu fundos diretamente do partido para uma operação dessa natureza. Ele também mencionou que ainda está aguardando o restante do pagamento prometido pelo MPLA, indicando possíveis tensões ou disputas internas sobre o acordo.
O caso joga luz sobre as práticas questionáveis de manipulação política e influência em processos eleitorais em Angola, colocando em xeque a integridade das eleições no país.