Foi condenada esta quarta-feira, 09, pelo Tribunal de Comarca do Lubango, a dois anos de prisão, com pena suspensa, a Miss Huíla 2018, Beatriz Alves, pela autoria moral do crime de roubo qualificado, num caso ocorrido há três anos, de que foi vítima o próprio namorado.
O julgamento que ficou conhecido por “Caso Miss Huíla”, data do ano de 2021 altura em que Cristiano Raimundo foi vítima de um assalto seguido de sequestro na companhia de sua namorada Beatriz Cardoso Alves, que na data dos factos tinha sido detida como autora moral do crime de rapto contra o próprio namorado e actual marido com quem tem um filho.
Beatriz Alves chegou a ser detida por oito dias, mas foi solta, após depoimentos dos principais suspeitos que a ilibaram, passando de arguida à declarante.
O julgamento começou em Novembro de 2022, em que dois réus foram condenados a 13 anos, um está foragido e a miss, na altura, ilibada já na fase de instrução preparatória.
Entretanto, na fase de produção de provas, os réus mudaram a versão e a denunciaram por envolvimento no caso, situação agravada com as contradições da visada no julgamento, pelo que o juiz da altura ordenou a abertura de um novo processo contra a ré.
O juiz da causa, Tchissoca Celestino, ao ler a sentença, realçou que o Tribunal condenou a Miss, por autoria moral de um dos crimes, pois ficou provado que Beatriz engendrou o plano do roubo qualificado ao seu namorado, à data dos factos, actualmente marido.
Por sua vez, o advogado de Beatriz, Justo Bartolomeu afirmou que a pena não satisfaz a sua constituinte, sem no entanto ter avançado se vai ou não recorrer da sentença.
Correio da Kianda