Manuel da Rocha, militante do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), fez declarações contundentes sobre Adriano Sapiñala e Djeff Dembo, afirmando que ambos nunca foram militares e acusando a UNITA de manipular o processo de paz.

Rocha destacou que Djeff e Sapiñala, embora recebam benefícios da caixa social com patentes de major e coronel, não têm histórico militar. “A UNITA indicou seus familiares para obter essas patentes elevadas, mesmo sendo jovens que deveriam estar ativos”, afirmou. Djeff é filho de Antônio Dembo, enquanto Adriano Sapiñala é filho de Samuel Chiwale.

Adriano Sapiñala, que tem 45 anos, ganhou visibilidade em 2002 com seu cabelo longo em estilo rasta, uma aparência que requer anos de dedicação. Nascido em 1979, ele tinha apenas 23 anos quando as FAA tomaram o Bailundo em 1998. Antes disso, estudou no PUNIV do Bailundo até 2000.

“Adriano nunca foi tropa”, reiterou Rocha. Ele enfatizou que os filhos de altos dirigentes da UNITA, assim como os do MPLA, não têm histórico militar. Djeff Dembo, sendo mais jovem que Sapiñala e filho do ex-vice-presidente da UNITA, também não poderia ter servido nas forças armadas. Rocha revelou que a função de Djeff no Bailundo era sintonizar rádios internacionais e a DSTV, permitindo que os líderes assistissem a jogos de futebol.

Essas acusações levantam questões sobre a legitimidade das patentes militares e a relação entre política e família no contexto angolano. A UNITA ainda não se pronunciou sobre as alegações, mas a situação promete intensificar o debate entre os principais partidos do país. O clima político em Angola continua tenso, à medida que as disputas sobre o processo de paz e a verdadeira natureza das forças armadas se aprofundam.

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