Matos Cardoso, havia se alinhado com o então Ministro da Industria Joaquim David na gestão das verbas da Feira Internacional de Luanda (FIL), instituição que Joaquim David coordenava como ministro da indústria.
Matos Cardoso, se tornou o patrocinador de casamentos e de outras bodas de alguns familiares de Joaquim David em Luanda e Huambo.
Essas duas personalidades, sumiram com mais de 176 milhões de dólares da FIL, que acabou por originar a falência da Feira Internacional de Luanda e ate hoje, a massa sumiu.
Como aconteceu o assalto na FIL?
Tudo começou quando os accionistas da Sociedade Comercial, criada em 1975, com autorização do Primeiro-ministro Fernando José de França Van-duném, lutava para tirar o empresário José Severino, como accionista maioritário da Expo-Angola, por não constar da lista de acccionistas.
O grupo de accionistas conseguiu afastar Severino, ganhando a causa em Tribunal, isso em 2005, ano em que o juiz indica o advogado Matos Cardoso, como administrador judicial no caso Expo-Angola, durante três meses, até realizar-se a eleição de uma nova direcção, que não veio acontecer.
Uma indicação que viria pôr os accionistas dum projecto onde investiram “tudo” para ter apoio do Governo Provincial de Luanda, Ministério da Indústria (instituição que cedeu as instalações da FILDA, no Cazenga) e outros, a falir.
“Vocês querem que eu seja vosso empregado?! Vão ver o que vou vos fazer…”Dizia Matos Cardoso aos accionistas, sabendo o projecto daria milhões.
Fazendo vistas grossas ao rendimento da Expo, diz a fonte do Lil Pasta News, Matos Cardoso, foi fazendo contacto com “peixes graúdos” do Governo de José Eduardo dos Santos, e meses depois, ainda em 2005, aparece com um documento publicado em Diário da República e assinado pelo então Primeiro-ministro, Fernando da Piedade Dias dos Santos “Nandó”, alegando que é proprietário das instalações da FILDA. E em 2007, cria a FIL, sem consentimento dos accionistas da EXPO-Angola, legítimo proprietário da FILDA no âmbito da colaboração com o Estado, e passa a realizar as feiras.
Consultado na altura pelos accionistas sobre atitude de má fé, Matos Cardoso arrogantemente respondeu: “Vocês deixaram voar o pássaro, agora o pássaro está lá em cima, vocês não vão conseguir apanha-lo.”