O ministro de Estado e chefe da Casa Militar do Presidente da República, Francisco Pereira Furtado, denunciou esta quinta-feira, na província do Zaire, a existência de cidadãos congoleses, na República Democrática do Congo, que tratam e recebem o Bilhete de Identidade (BI) angolano ao domicílio.
De acordo com o general Furtado, são muitos os cidadãos congoleses que obtêm de forma fraudulenta o BI angolano.
O governante fez saber que este esquema fraudulento de obtenção do documento angolano é facilitado por cidadãos nacionais, que fazem-no a troco de algumas somas monetárias.
Pereira Furtado, que falava na reunião de balanço das actividades desenvolvidas pela Comissão Multissectorial na cidade do Soyo, província do Zaire, fez saber que o esquema envolve autoridades tradicionais e funcionários dos Serviços de Identificação Civil e Criminal das províncias do Zaire, Cabinda, Lunda-Norte e Cuando Cubango.
De acordo com o oficial superior militar, esta situação perante este quadro, permitiu que se verificasse uma disparidade acentuada de dados da densidade populacional nas referidas regiões, durante o Censo Geral da População e Habitação (Censo 2024).
Para sustentar as suas afirmações Francisco Furtado referiu que recentemente, um cidadão foi detido na província da Lunda Sul, em posse ilegal de 99 Bilhetes de Identidade (BI).
Os referidos documentos, segundo o ministro de Estado, estavam para ser levados para países vizinhos, para facilitar a entrada ilegal de imigrantes no território nacional.
Correio da Kianda