Generais “Kopelipa” e “Dino” começam a ser julgados na próxima segunda-feira

Os generais, Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa” e Leopoldino Fragoso do Nascimento “Dino”, começam a ser julgados na próxima segunda-feira, 10, no Tribunal Supremo (TS), por peculato, branqueamento de capitais, a par de outros crimes, soube o Novo Jornal junto do TS.

Fonte deste tribunal confirmou que os dois ex-homens de confiança do antigo Presidente da República José Eduardo dos Santos (JES), começam a ser julgados no próximo dia 10, três dias depois da abertura do ano judicial 2025, que arranca na sexta-feira, 07, no Uige.

Manuel Hélder Vieira Dias Júnior e Leopoldino Fragoso do Nascimento serão os primeiros arguidos que o TS irá julgar neste ano ade 2025.

Para além destes dois antigos homens de confiança de JES, que faleceu em Barcelona, Espanha, em Julho de 2022, o Ministério Público (MP) arrolou no mesmo processo, que tem o n.º 38/22, Fernando Gomes dos Santos, e as empresas China international Found (CIF), Plansmart International Limited e Utter Right International Limited.

O julgamento estava inicialmente marcado para Dezembro do ano tendo então sido adiado pelo facto do processo ser complexo e as partes (arguidos e advogados) terem apenas sido notificados com uma antecedência de menos de cinco días antes do arranque do julgamento, o que contrariava a lei, tal como noticiou em primeira mão o Novo Jornal e foi confirmado depois pelo TS.

Entretanto, os arguidos são acusados da prática dos crimes de peculato, burla por defraudação, falsificação de documentos, associação criminosa, abuso de poder, branqueamento de capitais e tráfico de influências.

O processo de julgamento é conduzido pela veneranda juíza Anabela Valente, que tem como adjuntos os juízes Martinho Nunes e Inácio Paixão, e conta com 38 declarantes, entre eles o professor catedrático Carlos Feijó, que foi ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República, na era de JES, Norberto Garcia, e a actual ministra da Acção Social, Família e Promoção da Mulher, Ana Paula do Sacramento Neto.

Consta da acusação que os generais “Kopelipa” e “Dino”, alegadamente, engendraram um plano para enganar o Estado e, a pretexto de uma reestruturação, apropriaram-se de imóveis construídos com fundos públicos e comercializaram-nos como se fossem deles.

Novo Jornal

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