A recente abertura de crédito pessoal no Banco Angolano de Investimentos (BAI), que permite a concessão de até 30 milhões de kwanzas a clientes com conta salário há mais de um ano, tem despertado preocupações sobre práticas irregulares dentro da instituição. Funcionários, segundo informações obtidas pelo Lil Pasta News, estariam exigindo propinas que variam entre 5 a 8 milhões de kwanzas para agilizar a liberação do crédito.

O novo programa de crédito pessoal online, conforme noticiado pelo Novo Jornal,  é acessível a clientes com conta salário há pelo menos seis meses e pode ser solicitado através do aplicativo BAI Directo, eliminando a necessidade de deslocação até uma agência. O financiamento, que pode ser reembolsado em até 60 meses, se apresenta como uma das opções mais vantajosas do mercado.

Entretanto, a denúncia sobre a cobrança de “mixas gordas” por parte de funcionários levanta questões sérias sobre a transparência e a ética do processo. Enquanto o banco afirma que todos os pedidos serão tratados de forma justa e que os valores a serem descontados serão informados aos clientes, a prática de exigir propinas pode corroer a confiança no sistema financeiro e prejudicar aqueles que realmente necessitam do crédito.

Além disso, a situação destaca um problema maior no setor bancário angolano, onde a corrupção e a falta de supervisão eficaz continuam a ser preocupações constantes. O que deveria ser um serviço acessível e justo para os clientes torna-se um campo fértil para práticas ilícitas, prejudicando principalmente os cidadãos que buscam apoio financeiro legítimo.

Com o lançamento do crédito pessoal online apenas no dia 21 deste mês, muitos se perguntam se o BAI conseguirá lidar com essas questões e garantir que o processo de concessão de crédito seja conduzido de maneira ética e transparente. A sociedade civil observa atentamente, esperando que o banco tome medidas efetivas para combater essa prática e restaurar a confiança dos clientes.

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