A ex-governadora da província do Huambo, Lotty Nolika, está no centro de uma controvérsia após ser acusada de desviar nove carros protocolares do governo provincial. A denúncia foi feita pelo deputado Monteiro Eliseu, que solicitou a intervenção da Inspeção Geral da Administração do Estado (IGAE), da Polícia Nacional (SIFO) e do Serviço de Investigação Criminal (SINSE) para investigar os supostos crimes.

Em sua declaração, Eliseu destacou a gravidade da situação, afirmando que “não podemos continuar com tanta impunidade à céu aberto”. O deputado revelou que, dos 11 veículos protocolares que deveriam ter sido entregues ao atual governador, Pereira Alfredo, apenas dois foram recebidos. Ele alertou que essa situação pode obrigar o governo a adquirir novos carros, onerando ainda mais os cofres públicos.

“O que vemos é uma repetição de despesas públicas que pesa sobre o Estado enquanto o povo continua na miséria”, lamentou Eliseu. Ele enfatizou que o governo deveria priorizar outras áreas, ao invés de repetir as mesmas rubricas orçamentais.

Eliseu também criticou o legado deixado por Nolika, perguntando retoricamente: “É essa herança que a mãe Lotty Nolika deixa para os seus filhos na terra que lhe viu nascer?” Para ele, a situação é inaceitável e os carros protocolares, que estariam escondidos em quintais e com características alteradas, devem ser devolvidos imediatamente.

A comunidade aguarda ansiosamente os desdobramentos dessa denúncia, que traz à tona questões sobre a gestão dos recursos públicos e a responsabilidade dos líderes na administração do Estado.

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