O Serviço de Investigação Criminal (SIC) enfrenta sérias acusações após ser acusado de arquivar um processo criminal envolvendo Sílvio Alves Madaleno, irmão do conhecido empresário Álvaro Sobrinho. O caso, instaurado pelo ex-trabalhador Florindo da Costa Martins, levanta questões alarmantes sobre a integridade da instituição.

Segundo informações obtidas pelo Imparcial Press, o processo, iniciado em agosto do ano passado, teria sido “embargado” sob ordem direta do então diretor-geral do SIC, o comissário-chefe António Paulo Bendje, supostamente em troca de favores.

Silvio Madaleno é acusado de crimes graves, como abuso de confiança, difamação e calúnia, por utilizar a conta bancária pessoal de Martins para contrair um empréstimo de um milhão e 250 mil dólares no antigo Banco Espírito Santo Angola (BESA), atualmente Banco Económico. O caso remonta a 2005, quando Martins, na época diretor-geral adjunto da Securitas, foi persuadido a permitir o uso de sua conta para essa transação.

Após a falência do BESA, a conta de Martins, que continha mais de 23 milhões de kwanzas, foi bloqueada, e a dívida, desconhecida por ele, levou-o a um acidente vascular cerebral devido ao choque. Além disso, outras vítimas de Silvio Madaleno teriam sido coagidas a contrair dívidas milionárias, sugerindo um esquema de branqueamento de capitais para financiar a Securitas.

Apesar da gravidade das acusações, o processo não avançou, levantando dúvidas sobre a atuação do SIC e a proteção a figuras influentes. A sociedade aguarda respostas e a verdade por trás deste intrincado escândalo.