EPINOSUL, desqualificada de Concurso Público, É contratada pelo Porto de Luanda

Os trabalhadores da empresa EPINOSUL, que se dedica à atracação e desatracação de navios no Porto de Luanda (PL) acusam a direcção da empresa de perseguição dos funcionários, que reclamam violação dos seus direitos.

A EPINOSUL, segundo apurou O Decreto, foi desqualificada e afastada de um concurso público de reboque e amarração no Porto de Luanda, realizada recentemente, por motivos técnicos e financeiros, mas fontes que acompanham o processo revelam que os responsáveis da empresa EPINOSUL e o Porto, celebraram um novo contrato para continuarem a gerirem o sector marítimo do porto de Luanda, uma vez que o contrato passado expirou no dia 18 de Dezembro de 2024.

A fonte ressalta que foram feitos esquemas de corrupção e tráfico de influência, que culminaram com a assinatura de um novo contrato entre as duas instituições, sem um concurso público.

“Estamos diante de uma corrupção activa no sector marítimo do porto de Luanda, o que compromete o combate à corrupção que é a bandeira do Presidente da República e do MPLA, João Lourenço”.

Os trabalhadores apelam aos órgãos de direito que intervenham no caso e investiguem, para que se apure “o que realmente se passa no sector marítimo do Porto de Luanda, ouvindo igualmente nós os trabalhadores da empresa EPINOSUL, nos ajudem, por favor”, clamam em anonimato.

Ressaltam que, apesar dos vários apelos lançados às autoridades competentes ao longo do ano de 2024, os problemas na EPINOSUL continuam. “O pensamento da actual direcção da empresa encabeçada pelos senhores José Luís de Oliveira e George Bartolomeu João, é tornar os trabalhadores mendigos do que já são, pois as condições sociais dos trabalhadores são precárias e lastimáveis para uma empresa que é produtora”.

“É tanta maldade com os profissionais, que até um empréstimo monetário na ordem dos 20 mil kwanzas, que seriam descontados ao trabalhador no seu salário, não é fácil a sua aprovação, a não ser que seja amigo do administrador delegado George Bartolomeu João, ou em outros casos ser um informante”, contou um dos trabalhadores.

As perseguições, segundo ainda os denunciantes, vão desde descontos injustificados e despedimentos sem justa causa, bem como a não prestação de apoios aos trabalhadores doentes, ou apoio aos familiares, em caso de morte do trabalhador.

“Recentemente faleceu um trabalhador com cerca de 30 anos de serviço, e ajuda que a empresa EPINOSUL deu à família foi de 100 mil kwanzas, uma prática que tem sido recorrente pela direcção liderada por José Luís de Oliveira com o seu coadjuvante George Bartolomeu João”, lamentou outro trabalhador.

“Nas empresas em que a EPINOSUL presta serviços reconhecem o trabalho dos seus técnicos, algumas delas oferecem estímulos, mas a direcção da EPINOSUL sente-se por isso. Será que os sócios da referida empresa e o  Porto de Luanda se agradam com isto?”, questionam.

“Por favor, esta mensagem vai aquém de direito neste país para que faça alguma coisa por esses trabalhadores, que tudo fazem para que o Porto de Luanda (sector marítimo) continue a servir o país e não só”, apelam.

Este portal tentou, sem sucesso, ouvir a direcção da EPINOSUL.

O Decreto

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