A empresa Epinosul, responsável pelos serviços de atracação, desatracação e amarração de navios no Porto de Luanda, tem sido alvo de críticas e queixas recorrentes por parte de seus trabalhadores, que apontam uma série de problemas administrativos, sociais e operacionais que afetam o bom desempenho da companhia e colocam em risco a segurança dos colaboradores e a qualidade dos serviços prestados.
De acordo com fontes internas, a empresa enfrenta um ambiente de desorganização, perseguição interna e falta de diálogo entre a gestão e os trabalhadores. Há um forte sentimento de impotência entre os colaboradores, que se veem impedidos de expressar suas queixas, seja sobre o tratamento desigual por parte de superiores, seja sobre questões mais práticas, como a qualidade da comida no refeitório e a segurança das embarcações utilizadas nos serviços de atracação.
Os funcionários relatam que os chefes de departamentos, como o Sr. Cassule (Departamento Técnico) e o Sr. Passy (Departamento de Operações), têm uma posição privilegiada dentro da empresa, sendo vistos como protegidos pela direção, chefiada pelo Sr. Jorge João. Estes gestores, segundo os relatos, não só fugiriam de responsabilidades, como também evitam tomar qualquer atitude em relação a questões estruturais dentro da empresa, como corrigir erros operacionais ou explicar as normas que regem os serviços. O medo de perderem seus cargos, somado à falta de autonomia, parece ser um fator determinante para a falta de ação e para a omissão de respostas claras sobre os problemas que afligem os trabalhadores.
A insatisfação é palpável no ambiente de trabalho. “Muita coisa vai mal na Epinosul, mas ninguém pode falar”, relatam os funcionários. Além disso, a postura da direção tem gerado ainda mais tensão, com acusações de que, ao questionarem problemas como a qualidade da comida no refeitório ou falhas nas operações, os trabalhadores acabam sendo alvo de retaliações e ameaças por parte dos superiores, incluindo o próprio Sr. Jorge João.
Afastamento do Concurso Público e Falta de Substitutos
Outro ponto de frustração entre os trabalhadores da Epinosul é a exclusão da empresa do concurso público realizado pelo Porto de Luanda para os serviços de reboque, atracação, desatracação e amarração. Segundo informações da própria direção da Epinosul, a empresa foi afastada do concurso por questões técnicas e financeiras, com a aprovação de duas outras empresas como finalistas.
A grande dúvida que paira sobre o setor é: onde estão as duas empresas finalistas que deveriam substituir a Epinosul? Até o momento, não há informações claras sobre a identidade dessas empresas e o andamento do processo. O silêncio e a falta de transparência sobre esse assunto geram um clima de desconfiança tanto entre os funcionários quanto entre os stakeholders do setor portuário.
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