Enquanto Executivo e empreiteira procuram ganhar posições num “braço-de-ferro” associado a divergências financeiras, obras para um hospital de referência, já com 15% de execução física, conhecem espectro de abandono.
Em defesa do seu bom-nome, construtora austríaca recorreu às instâncias da União Europeia, com queixas relativas a dívidas das autoridades.
Centenas de jovens continuam sem emprego. Sempre que inaugura um hospital de referência, como se verificou agora no Kwanza-Norte, o Presidente da República, João Lourenço, aponta já para os próximos, um dos quais o da Catumbela, cujas obras, paralisadas devido a desacertos financeiros entre o Executivo e a empreiteira, estão a ser tomadas por um vasto matagal, constatou o Novo Jornal.
No recomeço, diz fonte de uma empresa subcontratada pelos austríacos da Vamed, haverá um trabalho de desmatação para limpar os arbustos e o capim, à imagem daquele realizado após o lançamento da primeira pedra, em Julho de 2022. “Por mais irrisório que seja, se atendermos ao valor global da obra, é sempre um gasto fora das projecções.
Não há lá movimento e, com as chuvas, o matagal ganha espaço”, salientou o técnico, que não pôde, contudo, avançar datas para o reinício da empreitada.
Tal como, de resto, procedeu na apresentação do último “Estado da Nação”, o Presidente da República assinala que o hospital geral do mais novo município da província de Benguela estará pronto em 2026, mais de um ano depois da data inicialmente prevista.
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