Nesta semana, uma notícia publicada no site Imparcial Press revelou que o Banco de Poupança e Crédito (BPC) perdeu várias informações devido a uma falha global de informática. Este incidente despertou a atenção de um engenheiro informático que tem acompanhado casos envolvendo o BPC no passado. Ele expressa receios de que esta falha global possa ser utilizada para a prática de crimes, como a exclusão de dados, seguindo o exemplo de episódios anteriores onde funcionários do BPC apagaram registros de empréstimos milionários concedidos a empresários sem os requisitos necessários.
A falha informática global, ocorrida a 19 de julho deste ano, comprometeu a operação de diversos serviços essenciais em Angola, incluindo os sistemas de muitos bancos e ministérios, causando um impacto negativo significativo. De acordo com fontes do Imparcial Press, o caos informático resultante afetou a integridade dos dados bancários e a capacidade de processamento de transações, deixando os consumidores incapazes de acessar suas contas ou realizar movimentações financeiras.
O histórico do BPC em relação à segurança de dados é preocupante. Anteriormente, quase 500 funcionários foram demitidos por envolvimento em fraudes, incluindo a eliminação de registros de contas de clientes e concessão de créditos sem a devida conformidade. Esse padrão de comportamento eleva o nível de preocupação sobre a possibilidade de que a recente falha possa ser explorada para apagar ou alterar dados importantes.
Além disso, a Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) emitiu um comunicado detalhando que a falha foi atribuída a um problema global nos sistemas de TI, afetando vários setores, incluindo bancos e empresas de telecomunicações. A empresa de cibersegurança Crowdstrike está envolvida na mitigação dos danos, mas muitos serviços, como o Microsoft Teams e o PowerBI, ainda enfrentam dificuldades.
Dada a gravidade da situação, o engenheiro informático destaca a necessidade urgente de medidas de segurança reforçadas e um controle interno mais rigoroso no BPC e outras instituições afetadas. O objetivo é prevenir a recorrência de tais incidentes e garantir a proteção dos dados financeiros dos clientes, restaurando assim a confiança pública.