O empresário Alberto Mendes até há bem pouco tempo Presidente do Conselho de Administração do Grupo Simples, foi a figura escolhida para assumir os destinos da GEFI, o braço financeiro do MPLA, em substituição de Mário António.
Formado em Engenharia Electrotécnica nos EUA, o gestor assume uma holding cuja carteira de negócios inclui a participação em 64 empresas que operam no domínio da hotelaria, indústria, banca, pescas, comunicação social, construção, imobiliária, etc.
Na mineração, a influência alarga-se aos diamantes. Na hotelaria, possui 20% do Hotel Presidente, 51% no Hotel Mayombe. Tem ainda outras participações em unidades hoteleiras como o Trópico, Tivoli e Hotel Terminus.
A Gefi, cujo PCA “despacha directamente com o Presidente do Partido, entra também no controlo de unidades industriais, como na maior cervejeira do país, a Cuca, onde através da Soba (Sociedade de Bebidas de Angola) detém 25%.
A Soba é uma sociedade da francesa Brasseries International holding (Bih), pertencente ao Grupo Castel. Os negócios do ‘braço empresarial e financeiro’ do MPLA também estão presentes na banca.
No Sol, por exemplo, é sócio maioritário com 55%. Já no Banco Comercial Angolano (BCA) possui apenas 1,8%, ao passo que os investidores sul-africanos do grupo Absa possuem 50%. Não menos importante, além da construção civil e do imobiliário, é a presença da Gefi na aviação.
Através da Planar detém 51% da Fly 540. Na comunicação social, o destaque vai para a participação nas rádios comerciais de Cabinda (60%), 2000, na Huíla (75,50%), na Morena de Benguela (80%).
Na Luanda Antena Comercial (LAC) participa no capital com 60% e na ‘máquina de propaganda’, a empresa de marketing Orion, responde por 73%. As participações alargam-se à segurança com duas empresas: a Socorro e a Sambiente, além de outros negócios nas pescas com a Epata Fishing e, na consultoria, com a Sansul.