Denúncia: Empresário Silvestre Tulumba Usa Falência como Estratagema para Fraude em Contratos Públicos

Silvestre Tulumba, empresário conhecido por sua relação conturbada com instituições financeiras em Angola, está sob investigação por declarações de falência que, segundo denúncias, servem como um artifício para evitar o pagamento de dívidas. A situação levanta questões sobre a integridade dos contratos públicos e a supervisão governamental.

De acordo com informações obtidas, Tulumba não apenas declarou falência para escapar de suas obrigações financeiras, mas também alterou o nome de suas empresas, renomeando a antiga IMOSUL para MERCONS. A nova entidade já teria conquistado contratos significativos, incluindo a construção da estrada Lubango-Benguela. Críticos alegam que essa manobra é um padrão recorrente na prática de negócios do empresário, que, ao se sentir pressionado, não hesita em recorrer à falência novamente.

“É um ciclo vicioso. Ele se aproveita do sistema para desviar recursos públicos e, quando é confrontado, muda de nome e começa tudo de novo,” afirmou um empresário local que prefere não ser identificado.

A situação é ainda mais preocupante devido ao suposto apoio que Tulumba recebe de figuras ligadas ao MPLA, partido no poder em Angola. Essa relação teria permitido que ele operasse sem a devida fiscalização, levantando sérias questões sobre a responsabilidade do governo em proteger os interesses públicos e garantir a integridade dos contratos.

“Viva o MPLA, que dá guarida a esses bandidos,” comentou um morador da região, expressando indignação com a aparente impunidade com que Tulumba atua.

A situação em Lubango reflete um problema maior no setor público angolano, onde a falta de transparência e a corrupção são desafios persistentes. A esperança é que as autoridades competentes reavaliem os contratos públicos e implementem mecanismos mais rigorosos de fiscalização para coibir práticas fraudulentas que prejudicam o desenvolvimento do país.

Enquanto isso, a comunidade local continua a observar com apreensão o desenrolar deste caso, na expectativa de que medidas sejam tomadas para responsabilizar aqueles que abusam do sistema em benefício próprio.

José Molossiwe

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