Denúncia de Irregularidades no Porto de Luanda

Luanda-  A empresa Epinosul, responsável pelos serviços de atracação e desatracação de navios no Porto de Luanda, tem sido alvo de críticas severas por sua falta de organização e efetividade. Denúncias de corrupção e má gestão emergem à medida que se confirma a celebração de um contrato de 20 anos entre a empresa e a entidade concedente, mesmo após a Epinosul ter sido desqualificada em um concurso público realizado no ano anterior.

A insatisfação entre trabalhadores e observadores é palpável. “Estamos diante de uma corrupção ativa no Porto de Luanda. O combate à corrupção, que é a bandeira do presidente João Lourenço, parece ser apenas uma ilusão”, afirma uma fonte próxima ao setor. As alegações indicam que a Epinosul mantém laços políticos que dificultam a resolução dos problemas enfrentados.

Dirigida por José Luís de Oliveira, a Epinosul é acusada de violar contratos e desrespeitar os direitos dos trabalhadores. O artigo 46 do contrato estipula que a empresa deve ter seguro de trabalho, mas relatos apontam que os funcionários estão sendo descontados em seus salários em caso de acidentes. “É uma situação inaceitável, onde a ganância impera sobre a dignidade humana”, lamenta um trabalhador.

Além disso, a escolha da Epinosul em detrimento de outras empresas que venceram o concurso público levanta dúvidas sobre a transparência do processo. Críticos questionam a eficácia da regulação por parte do Ministério das Transportes, sugerindo que a Epinosul opera em um ambiente de impunidade, protegido por interesses políticos.

Os trabalhadores da Epinosul exigem que a Assembleia Nacional e os partidos políticos intervenham, solicitando uma investigação rigorosa sobre as práticas da empresa e a situação no Porto de Luanda. “Estamos a ser maltratados e hostilizados, e nossas vozes não estão a ser ouvidas”, desabafa um funcionário.

A pressão sobre os acionistas do grupo Angualissal, que inclui figuras proeminentes como Carlos Alberto Lopes e Silvio Barros, também aumenta. Os trabalhadores pedem uma posição clara sobre sua situação e reivindicam que suas capacidades profissionais sejam reconhecidas como essenciais para o funcionamento do porto.

Com a crescente insatisfação e as denúncias públicas, a situação no Porto de Luanda continua a ser um foco de atenção, enquanto os trabalhadores da Epinosul prometem continuar sua luta por justiça e respeito aos seus direitos.

Lil Pasta News

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