De vítima para reú: Empresário vira arguido depois de flagrar a esposa e o amante em acto sexual na sua casa

Começou esta segunda-feira, 05 de Agosto, a primeira sessão do julgamento do empresário que flagrou a mulher e o amante na sua cama em actos sexuais, na manhã do dia 29 de Abril.

Após a equipa deste jornal ter noticiado no pretérito dia 26 de Março de 2024, que o jovem Nilton Elvis, empresário de 32 anos de idade, enraivecido, espancou a esposa, Miléncia Manssoca António, de 31 anos de idade, com quem vivia há seis anos e o seu suposto amante após tê-los encontrado, na sua própria residência, a manterem relações sexuais.

A sessão de julgamento do empresário está a decorrer na 5ª secção do Tribunal de Comarca de Luanda, no Palácio Dona Ana Joaquina, sob o processo número 572 e, segundo a acusação, pesa sobre o empresário sete crimes, nomeadamente, de ofensas grave a integridade física, de violência doméstica na vertente física e psicológica, de sequestro, de ameaças, de uso e posse de arma sem licença, de acesso ilegítimo no sistema de informação e devassa, bem como de apropriação de coisa achada.

Durante as alegações, altura em que o juiz dá a palavra ao arguido para se pronunciar sobre os crimes de que é acusado e se encontra no banco dos réus, Nilton Elvis alegou ser inocente de todos os crimes que lhe foram imputados e que em face do que ocorreu, não entende os motivos pelos quais lhe foi aberto um processo-crime, sendo ele a vítima de um caso passional.

Em tribunal, o empresário disse que o relacionamento estava bem e sem motivos aparentes para que a esposa tivesse esse tipo de comportamento. “Até porque nós eramos um casal apaixonados e nos amávamos muito que até estávamos a pensar em viajar para o exterior com os nossos filhos”, sustentou.

Por sua vez, a esposa Milência Manssoca António, funcionária da Organização Mundial da Saúde (OMS), justificou o seu comportamento dizendo que já não vivia na mesma casa com o réu.

“Nós já estávamos separados”, sustentou, sem mais argumentos, para um comportamento que, a olho nu, é reprovável para a tradição africana da qual os angolanos fazem parte e se orgulham.

De recordar que facto ocorreu no passado dia 29 de Abril de 2023, às 06 horas, na rua dos Generais, Morro Bento, município de Belas, na casa onde o casal residia. Ao regressar de uma festa familiar na casa do seu irmão, o esposo referiu: “flagrei a minha esposa e o seu amante Eder Fernando da Rosa dos Santos, um funcionário da Unitel, envolvendo-se sexualmente na minha própria cama. Eu até agi com passividade porque estava armado e não disparei contra nenhum dos dois”, sustentou, referindo que espantou-lhe o facto de, mesmo sendo casada, a mulher levar um homem na casa onde vive com o esposo.

O Crime

Voltar ao topo