Crédito à economia real ultrapassa os 900 milhões Kz no último trimestre de 2024

Banco Nacional de Angola anuncia que vai realizar, nos próximos dias, uma mesa-redonda para debater os desafios e soluções para o crédito à economia nacional.

O financiamento da banca comercial à economia nacional atingiu os 1,3 mil milhões de Kwanzas entre Outubro e Dezembro do ano passado, sendo mais de 70% deste valor canalizado para o sector produtivo, informou o director de Acompanhamento de Crédito do BNA. Este percentual, segundo cálculos da E&M, implica um financiamento à economia real acima dos 900 milhões Kz.

De acordo com Veloso Pedro, no último trimestre de 2024, o rácio de incumprimento no reembolso do crédito foi de pouco menos de 3%, para quem se trata de uma percentagem que traduz que os bancos “acabaram por afinar” as suas áreas de avaliação de risco de crédito.

O técnico do Banco Nacional de Angola observou que o acesso ao crédito “é sempre um desafio”, e as causas da não concessão de crédito são diversas, algumas das quais ligadas a questões conjunturais, outras com “responsabilidade dos próprios empresários, no caso de contabilidades organizadas”.

“É necessário, também, que os beneficiários de crédito, do ponto de vista do risco de crédito, não tenham incumprimentos ou créditos vencidos no sistema. Mas, ainda assim, auguramos que 2025 seja melhor”, perspectivou, em declarações, nesta quarta-feira, 19, à RNA.

Veloso Pedro informou que faz parte das políticas do banco central continuar a apoiar o sector real da economia angolana, procurando não só diversificar o processo da economia, mas, também, fortalecer o setor não-petrolífero.

O director de Acompanhamento de Crédito do BNA anunciou a realização, nos próximos dias, de uma mesa-redonda para debater os desafios e soluções para o crédito em Angola e os diversos instrumentos legais de financiamento à economia.

“Estamos a falar justamente da regulamentação sobre o acesso ao crédito e ao microcrédito, a operacionalização de algumas linhas de financiamento por parte do FADA e por parte, também, do Fundo de Garantia do Crédito, como elemento para garantir as operações”, frisou.

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