A Empresa Nacional de Distribuição de Energia (ENDE EP), despediu de forma arbitrária, um funcionário efectivo de nome Euclides Simões da Costa, técnico de II° de electricidade, por realizar corte de energia eléctrica, à empresa H.H.T Internacional (SU) PT, por esta ter uma dívida de cerca de sete milhões de kwanzas.
Segundo Euclides Simões da Costa, além de técnico de electricidade, pertencia ao grupo sindical existente na ENDE com poderes para fiscalizar as actividades da empresa.
Conforme a fonte, num processo disciplinar instaurado pelo PCA da ENDE, Hélder de Jesus Garcia Adão, e a responsável do Gabinete Jurídico, na qualidade de instrutora do processo, Zinga Lourenço, foi-lhe aplicada o despedimento imediato, a medida mais gravosa segundo a Lei Geral do Trabalho, sem que para isso passasse por outra sanção.
“O mesmo processo disciplinar, foi movido depois de uma acção própria de fiscalização no domicílio do cliente H.H.T Internacional (SU) PT que consumia energia de forma irregular”, disse a fonte.
A fonte acrescenta ainda que existem bastantes provas de que a factura da empresa H.H.T Internacional (SU) PT, demonstrava a capacidade instalada de 160, mas ao certo o mesmo consumia 400 KVA, “defraudando a empresa durante muito tempo”.
“O Euclides da Costa foi acusado no crime de extorsão e corrupção como forma de macular e denegrir a sua reputação”, disse.
Vozes dentro da empresa dizem que por ser sindicalista, e o trabalho obrigava-o defender os direitos e deveres dos trabalhadores, de forma afincada, com zelo e dedicação, a ENDE procurou fazer uma “manobra”, para o despedir e retirá-lo do seu caminho.
“Uma das manobras foi a acusação, de ser militante da UNITA, tudo mentira, ele simplesmente pertence o grupo sindical da ENDE, nunca foi militante”, disse a fonte
De referir que no Zaire, a semana passada, o responsável da ENDE fez saber que a Dívida dos clientes está a condicionar novos projectos na província.
O PCA da Empresa Nacional de Distribuição de Energia, Hélder de Jesus, disse a imprensa que, a ENDE EP, vive uma situação financeira preocupante, traduzida numa elevadíssima dívida dos seus clientes, com destaque as instituições públicas, avaliada mais de 200 mil milhões de kwanzas.