O Ministério das Finanças, liderada por Vera Daves, vai se tornando um palco de desvio de fundos onde o pagamento de falsas dívidas vai ganhando espaço. A permanência ao cargo da Ministra tem como o motivo de ela não ser uma pessoa que come sozinha. A jovem economista terá montado uma teia que contempla, também, a Presidência da República de Angola.

POR ISIDRO KANGANDJO

Francisco Jaime, militante do MPLA, confidenciou ao Factos Diários no dia 24 de Fevereiro do ano em curso de existir autores do crime organizado que lapidam o dinheiro do Estado onde a distribuidora tem como a Ministra das Finanças, Vera Esperança dos Santos Daves de Sousa, onde o banquete contempla todos os níveis daí a sua resistência ao cargo.

COMO FUNCIONA O ESQUEMA?

Os projectos de construção ligados ao Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) assim como projectos ligados ao Combate à fome e pobreza, os governadores provinciais, em convénio com o Ministério das Finanças, os projectos estão ser colocados nos orçamentos como obras virgens.

O que significa que existe máfias dos Governadores Provinciais, máfia no ministério das Finanças, o Ministro de Estado para a Coordenação Económica, Dr. José de Lima Massano, pessoal do sector económico da Presidência da República, Tribunal de Contas e a 5ª Comissão de economia e finanças da Assembleia Nacional.

PREJUÍZO FINANCEIRO

De acordo com Francisco Jaime, os três anos do segundo mandato de João Manuel Gonçalves Lourenço como Presidente da República, teve o maior volume de desvio de fundos por considerar que se trata do último período de graça uma vez que o Lourenço tenciona não violar a constituição de Angola que o proíbe concorrer pela terceira vez.

“Estamos diante de um crime organizado onde os governantes estão por dentro. O cálculo que eu posso fazer de desconfiança, tudo indica que os valores desviados por corrupção, na gestão de João Lourenço pode estar acima de 6 mil milhões de dólares”, denunciou o político do MPLA que deixa uma máxima “não ande com pessoa que tem objetivo diferente que os seus. O Presidente João Lourenço nem 1% tem de pessoas que querem seguir o caminho que ele quer seguir porque os seus auxiliares não querem saber de agenda de combate aos males porque eles sobrevivem desses males”.

MÁFIA NO MINISTÉRIO DAS FINANÇAS FAZ RECUAR VOTAÇÃO FAVORÁVEL DO GRUPO PARLAMENTAR DA UNITA

O Grupo Parlamentar da UNITA, votou contra o Relatório de Prestação de Conta Geral do Estado do Terceiro Trimestre por entender que existe círculo vicioso do serviço da dívida que representa 59% das despesas globais, o que significa um sinal de alarme na eminência da insustentabilidade das Finanças públicas do país por estar a financiar prioridades erradas.

“Como não se bastasse, os índices de corrupção e do desvio do dinheiro público aumentam de forma assustadoras enquanto milhões de angolanos a passarem fome, empresas angolanas são fechadas compulsivamente sob ordem da AGT. Para confirmar isso, no Quadro de Balanço Orçamental deste mesmo Relatório, a Rubrica Receitas tributarias declaradas omitiu os sete mil milhões de Kwanzas das arrecadações desviadas pelas gangs da AGT”.

A UNITA conta que o relatório está eivado de vícios, desprovidos de transparência e não reflete a realidade, compromete o desenvolvimento nacional e penaliza injustamente o povo angolano.

Factos Diários