O conflito no Médio Oriente, mais concretamente com os últimos ataques violentos do Irão contra Israel em retaliação a morte dos dois líderes militares do Hezbollah, nomeadamente, Nabil Kaouk, no dia 29 de Setembro, e Sayyed Nasralaah, no dia 01 de Outubro, fez disparar nesta quarta-feira o preço do petróleo Brent, que serve de referência do petróleo angolano no mercado internacional, atingiu 95,95 dólares norte americanos.
O economista José Macuva disse à Rádio Correio da Kianda que o problema não consiste na quantidade do petróleo que Angola produz, mas como se gere os recursos extraídos, que deixam de ser bênção para o país, transformando-se em maldição.
“Essa subida do preço do petróleo de referência para Angola, que é o Brent, naturalmente é justificada pelo conflito que ocorre no Médio Oriente. Naturalmente que opõe Israel, o Irão, o Líbano e um pouco naquela zona toda. Então, quando isso acontece, geralmente os preços do petróleo tendem a subir, porque os conflitos geram sempre constrangimentos quer no processo da transportação, como também da própria produção”, avançou.
Por isso, entende que a subida do preço do petróleo no mercado internacional tem a ver com o conflito na região do Médio Oriente, que afectou o processo de produção ou consumo. Macuva, entende que a consequência será mais receitas que poderão entrar nos cofres do estado.
Significa dizer que o conflito deve ter afectado algum processo de produção ou distribuição do petróleo produzido neste mesmo território. Como consequência, o produto escasseia no mercado e, então, dá-se essa subida de mais de 3% do preço anterior. Ora, consequências dessa situação. Vai acontecer que, sendo o petróleo contado a um preço mais alto, naturalmente mais receitas poderão entrar nos cofres de Estado decorrentes dessa situação ou desse aumento. Mas, como temos estado a defender sempre, o problema do petróleo não está na quantidade de dinheiro que se possa obter desse mesmo recurso. O problema está na forma de como é que nós gerimos os recursos que vêm dessa comodidade”.
Entretanto, arrancou nesta quarta-feira em Luanda a V edição da conferência e exposição que em dois dias vai debater as estratégias para “impulsionar a prospecção, exploração e produção petrolífera em Angola”.
O PCA da ANGP, Paulino Jerónimo, disse que o principal lema do certame é “impulsionar a actividade de exploração com vista aumentar os níveis de produção”, o gestor avançou que até, 2030, o país pode explorar acima de um milhão de barris dia.
Paulino Jerónimo, falou do projecto denominado “Jóia da coroa”, que visa dar incentivo contratual e fiscal, as empresas que produzirem acima da média.
Por sua vez, o Ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino Azevedo, disse que o país continua a implementar a exploração de hidrocarbonetos, e a estratégia de atribuição de concepções.
A implementação dessas estratégias tem sido possível graças ao espírito de trabalho de equipa e resiliência de todos envolvidos na indústria de petróleo e gás.
Correio da Kianda