CIF Candidaturas encerraram com incertezas

O prazo para as candidaturas à gestão da fábrica de cimento CIF, terminou esta sexta-feira, 14, no meio de muitos equívocos, por haver empresas que nem mesmo deviam se aproximar do processo, por causa de várias insuficiências e incapacidades demonstradas na gestão de projetos anteriores, como afirma fonte deste jornal.

Júlio Gomes

Uma destas empresas, apontou a fonte, é a GRINNER que concorreu no projeto dos destruturados Muxilu-Muxilu em um concurso promovido pelo antigo Ministério do Planeamento e Economia, então dirigido por Sérgio Santos. “Isso acontece numa altura em que já há três anos teriamos melhor solução de viabilidade para essa fábrica. Mas parece que há sempre algo mais forte do que a racionalidade técnica”, disse um engenheiro ligado ao setor.

A venda direta igualmente evocada pelo ministro Massano é liminarmente reprovada por vários especialistas consultados pelo Pungo a Ndongo.

Portanto, volta a questão: “Uma empresa que mal consegue alugar a produção da fábrica de cimento de Benguela também quer a CIF?”

O que surpreendeu o Presidente da República, João Lourenço e um Angolano médio não passa de uma nova força de interesses de monopólio. “Pode demorar o tempo que for, mas sei que há algo acontecendo em surdina (nos Kipalafi)”, advertiu, sublinhando que quem aprova ou abençoa este sentimento do país, não há muito tempo estava engajado em soluções produtivas empresariais.

Além, é constatado que o atual modelo de reestruturação do Estado não favorece de forma nenhuma soluções sustentáveis, mas simplesmente capitações ilegais que mergulham o país em colapsos económicos.

“São situações que me fazem lembrar José Massano, outro especialista associado ao Ministério do Planeamento e Economia”.

O secretário de Estado, José Massano, defendeu que apenas deve avançar quem tem capacidade financeira, isso está errado”, disse um consultor económico ao Pungo a Ndongo.

De acordo com a informação disponível, até esta sexta-feira, apenas 5 empresas apresentaram propostas, todas sem garantias visíveis de sustentabilidade para a gestão da fábrica.

“Se isso continuar, em trés anos voltamos ao mesmo problema. Infelizmente, os nossos empresários não querem ver além do imediato”, alertou um economista local.

A fábrica de cimento CIF tem capacidade instalada para a produção de 1,5 milhões de toneladas de cimento por ano e fazia parte dos ativos da extinta CIF Angola, uma das grandes empresas do setor da construção que faliu em 2017.

Jornal Pungo a Ndongo

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