O Caminho-de-Ferro de Benguela (CFB) vai aumentar, no próximo ano, os serviços com a entrada em funcionamento de 50 carruagens em reparação, anunciou, no Lobito, o presidente do Conselho de Administração da empresa ferroviária.

António Cabral explicou que, actualmente, o CFB opera com apenas 26 carruagens e movimenta diariamente “um horizonte de três mil passageiros”. No ano passado, a empresa ferroviária movimentou um milhão e 300 mil passageiros, número que deve ser incrementado no próximo ano com a entrada das novas carruagens.

O responsável indicou que a partir do primeiro semestre de 2025, a empresa pública vai começar a receber os rodados que estão em processo de aquisição. “Dentro de uma semana vamos receber mais rodados que vêm para as locomotivas provenientes da África do Sul. Já foram carregados e esse processo vai continuar.

Pensamos que até o segundo semestre teremos as 50 carruagens prometidas em serviço em prol da nossa população”, garantiu. António Cabral informou que o Caminho-de-Ferro de Benguela tem estado a apostar na sua modernização, apesar das muitas dificuldades financeiras e técnicas. “Temos estado a levar a cabo o nosso trabalho de servir, e o resultado é positivo no ambiente de transportação de pessoas”, apontou.

Novos serviços

O gestor garantiu ainda que, no próximo ano, entra em circulação o comboio Camacove para o transporte de mercadoria nas rotas intermunicipais. O responsável avançou ainda que vai funcionar igualmente um comboio na linha Lobito-Huambo, para além do Expresso que chega até ao Luena, no Moxico. “Vamos ter um comboio Lobito-Huambo. Teremos um outro comboio Expresso Huambo-Luena para mobilidade das pessoas que não querem estar a andar num comboio que pára em todas as estações. Há essas perspectivas e pensamos que as novidades são boas”, garantiu.

Quadra festiva

O CFB garante operar com um número considerável de carruagens para fazer face à demanda de passageiros que normalmente se regista durante a quadra festiva. António Cabral referiu que a empresa pública vai operar com as 26 carruagens existentes, actualmente, para garantir a mobilidade de pessoas e mercadorias nos vários eixos onde funciona.