À boleia do crescimento expressivo da carteira de crédito, assim como das aplicações financeiras e dos depósitos, a receita líquida do banco disparou 137%, somando um lucro de 8,2 mil milhões na moeda nacional. São números preliminares que evidenciam as demonstrações financeiras de 2024, mas carecem do aval do auditor independente, a Deloitte
No quarto trimestre de 2024, a equipa de Mateus Filipe Martins, Presidente da Comissão Executiva do Banco Comercial Angolano (BCA), apresentou um resultado de AOA 8,2 mil milhões (US$ 8,9 milhões), ou seja, um ganho de 137% se olharmos para o balanço de 31 de Dezembro de 2023, fixado em AOA 3,4 mil milhões (US$ 4,1 milhões).
A riqueza do banco (activo), segundo o balancete preliminar, cresceu 11% para AOA 143 mil milhões (US$ 157 milhões) ante os AOA 128 mil milhões ((US$ 154 milhões) do período homólogo, e os fundos próprios tiveram um aumento de 14% para AOA 39 mil milhões (US$ 42 milhões).
O crédito concedido saiu de 8 mil milhões (US$ 9,6 milhões) para AOA 16 mil milhões (US$ 17,5 milhões), uma alta de 100%. Já as aplicações financeiras se fixaram em AOA 28,8 mil milhões (US$ 30,7 milhões).
No exercício económico do ano transacto, o BCA emprestou menos dinheiro ao Estado, recuando 17% em relação ao período homólogo. O documento contábil reportou AOA 60 mil milhões (US$ 65 milhões) de financiamento contra AOA 72 mil milhões (US$ 86 milhões) no igual período homólogo.
Os recursos de terceiros – recursos externos que as empresas buscam para financiar suas actividades, como, por exemplo, depósitos dos clientes, financiamentos e empréstimos) captados pela entidade bancária cresceram 8% para AOA 83 mil milhões (US$ 91 milhões) face aos AOA 77 mil milhões (US$ 92 milhões) em 2023.
Com a liquidez a somar AOA 28,4 mil milhões (US$ 31,1 milhões), no total, o passivo do Banco Comercial Angolano cresceu 7%, fixando-se em AOA 96 mil milhões (US$ 105 milhões), quando, no igual período do ano imediatamente anterior, somou AOA 89 mil milhões (US$ 107 milhões).
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