“A política em Angola é um grande negócio que está a fazer muitos ricos na oposição”, acusa Kamalata Numa, antigo secretário-geral da UNITA

O antigo secretário-geral da UNITA e general na reserva, Abílio Kamalata Numa, acusa “muitos políticos da oposição” de estarem a enriquecer à conta da política, naquilo que diz ser um grande negócio.

Kamalata Numa afirmou, numa entrevista à Rádio Essencial, que o partido no poder, o MPLA, conhece e é quem arquitecta estes negócios que têm deixado muitas pessoas da oposição ricas.

“A política em Angola é um grande negócio que está a fazer muitos ricos, vocês os jovens é que não sabem, principalmente pessoas da oposição”, assegurou o antigo secretário-geral do partido do “Galo Negro”.

Conforme Kamalata Numa, “há partidos criados pelo MPLA, com 10 a 20 pessoas que receben mil milhões de kz para campanha eleitoral e apenas gasta 100 milhões na compra de algumas viaturas e outras coisas e fazem o jogo do regime”.

Questionado se há dessas pessoas ricas com a política dentro da UNITA, Abílio Kamalata Numa não respondeu concretamente… assegurando apenas que há na oposição muitas pessoas ricas que o MPLA faz.

Durante a entrevista, Kamalata Numa disse ter dúvidas que o Partido Humanista de Angola (PHA), liderado por Florbela Malaquias, fundado em 2022, e com assento parlamentar, sobreviva nas eleições de 2027, apesar de não deixar claro se pensa que os fundadores dessa força política fazem parte do “negocio político”.

Na opinião do ex-secretário-geral da UNITA, o PRA-JA Servir Angola, de Abel Chivukuvuku, que está com a UNITA no projecto “FPU”, poderá fazer a sua luta política, mas nunca atingira o lugar da UNITA.

Kamalata Numa assegura que em Angola somente dois partidos políticos têm uma massa eleitoral de 30 a 40 por cento.

“Neste momento em Angola há só dois partidos que têm 30 a 40 por cento de eleitores consigo. a UNITA e o MPLA”, afirmou.

Segundo este político, com a saída da FNLA como a terceira força política no cenário histórico angolano, vai levar tempo para que no País haja uma terceira força que compita politicamente com o MPLA e a UNITA

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