Embaixadora Isabel Econge Envolvida em Esquema Fraudulento que Lesou o Estado Angolano em Milhares de Euros

A diplomata angolana Isabel Gomes Godinho de Resende Econge, que exerceu funções como Embaixadora Extraordinária e Plenipotenciária de Angola no Reino dos Países Baixos entre julho de 2019 e março de 2025, está no centro de um escândalo financeiro que envolve fraudes, má gestão e uso indevido de recursos públicos.

Fraude com Faturas Falsas Beneficiou Parente Próximo

Entre fevereiro de 2023 e março de 2025, a embaixadora autorizou, mensalmente, pagamentos de 4.300 euros por supostos serviços de tradução e informática prestados por Sidney Rodrigues Silva, seu filho, com número de identificação fiscal em Portugal. O esquema utilizava faturas falsas, resultando num prejuízo de milhares de euros aos cofres do Estado angolano.

Dívidas com a Segurança Social Holandesa Ignoradas desde 2019

Outro ponto crítico revelado é o incumprimento do pagamento à Segurança Social da Holanda desde 2019, acumulando uma dívida que já ultrapassa os 300 mil euros, sem que medidas concretas tenham sido tomadas para regularizar a situação.

Hospedagem Prolongada em Hotel de Luxo Gera Revolta

No início da sua missão diplomática, em 2019, Isabel Econge permaneceu alojada durante um ano num hotel de luxo no centro de Haia, sob a justificação de obras na residência oficial. Funcionários da embaixada questionam a decisão:

“Não se percebe como uma embaixadora fica tanto tempo hospedada num hotel de luxo, quando até existiam boas condições de acolhimento na Residência Oficial! Imaginem os custos diários desta hospedagem e os funcionários da embaixada com dificuldades!”

Orçamento Milionário Mal Gerido

Durante o mesmo ano, a embaixada recebeu um crédito adicional de 1.200.000 euros para saldar dívidas acumuladas, além de uma quota trimestral de 400.000 euros para despesas correntes, somando 1.600.000 euros anuais. Ainda assim, a má gestão persistiu ao longo do mandato.

Em março de 2025, Isabel Econge foi transferida para a Embaixada de Angola na República Federal da Alemanha, sem que, até agora, houvesse uma prestação de contas clara sobre as irregularidades denunciadas.

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