O ambientalista Rafael Lucas acredita que as denúncias de corrupção que envolvem o Ministério do Ambiente, compromete os esforços de algumas organizações não-governamentais que imprimem grandes esforços para a preservação ambiental.
O também Presidente da ONG Minuto Verde classificou o suposto acto de corrupção como um atentado à saúde ambiental e levantou grandes questões sobre a impunidade em relação a este tipo de crime em Angola.
Rafael Lucas apontou como causas, o não cumprimento das leis, e falou das consequências de uma contaminação desta magnitude para as populações.
Já o jurista Fernando Kawewe assegurou estarmos diante de uma denúncia pública pelo que cabe, neste momento, à Procuradoria-Geral da República despoletar as investigações e encontrar a verdade material dos factos.
Os factos sucederam quando a 24 de Julho de 2021, um incidente no sistema de drenagem da bacia dos rejeitados provocou um derrame de resíduos da sua mina de diamantes, na Lunda Sul, que acabou contaminando as águas do Rio Lova, antes da fuga ter sido estancada, sendo que a República Democrática do Congo denunciou a poluição do Rio Kasai, com águas vermelhas que teriam provocado.
Por danos ambientais, o Ministério do Ambiente aplicou multa de oito milhões de dólares à empresa Sociedade Mineira de Catoca.
As duas instituições de acordo com o Novo Jornal, iniciaram um processo negocial que culminou com a redução da multa para metade e um acordo secreto com entrega de mais de 30 viaturas alegadamente para o ministério, num acto claro de violação da lei.
Segundo ainda a fonte que temos vindo a citar, os valores nunca chegaram a dar entrada na Conta Única do Tesouro (CUT).