Luanda – Numa carta assinada esta terça-feira, 11 de Fevereiro, enviada ao governo provincial de Luanda, que circula nas redes sociais, os organizadores asseguram que a manifestação tem lugar nesta sexta-feira, 14 de Fevereiro com início às 9 horas no Largo 1o de Maio, e a marchar decorrerá até a empresa VFS junto do consulado de Portugal pelas 11h, para exigir esclarecimento daquilo que chamam de sabotagem do sistema no site de agendamento dos vistos para Portugal.

Na carta os organizadores expressam que a manifestação tem como objectivo, reivindicar a instabilidade do site de inscrição online de agendamento para pedido de visto, que por norma acertada entre a empresa (VFS GLOBAL) e o Consulado de Português, é grátis, mas segundo as pessoas que já deram entrada, adquiriram a preços que variam de 500 000.00Kz (Quinhentos mil Kwanzas) a 1000 000.00Kz (Um milhão de Kwanzas).

“Tudo indica que têm sido comercializado por homens ligados à empresa”, realçam em carta.

“Há 6 meses que o site da vfs global apresenta instabilidade para agendamento de pedidos de visto para Portugal”, dizem os organizadores, que garantiram ter as condições apostas para a realização de uma manifestação pacífica, nomeadamente, um grupo de supervisores que estará a vigiar todos os movimentos dos participantes, para não vandalizarem os bens públicos nem privados, respeitar o trânsito e caminhar organizadamente.

O cantor kudurista, Puto Prata, é um dos organizadores que deu cara, afirmando que, é uma manifestação pacífica, nada de algo arruaceiro como o MPLA gosta de dizer, não.

“Saim do 1o de Maio, para esta empresa que é a VFS dos indianos, reclamar. Eles têm que parar com isso: sabotarem o sistema, é o que eles estão a fazer. Criam dificuldade ao pacato cidadão para não conseguir fazer o agendamento e para ir ter com eles e pagar mais de 500 mil Kwanzas”.
“Visto nacional são 500, 600, 700 a 1 milhão. Visto Schengen que é o mais difícil, e que negam muito, 200 e 300 mil”.

Adelino Vasco, que se identificou como um dos principais organizadores da marcha que, a maior parte das pessoas que estarão lá na manifestação são mesmo pessoas que querem ir para Portugal, e não têm como fazer o agendamento.

O organizador acrescenta que, são muitas pessoas a quererem sair, mas estão a ser privados, o site não está a dar mesmo espaço para fazer o agendamento, quando abre, abre por poucos minutos ou segundos.

“Isto frustra, é frustrante, mas nós não vamos lá para criticar, vamos lá para procurar saber o porquê do comportamento do site”, assegurou Adelino Vasco, um dos organizadores da manifestação.

*Adriano Kanganjo

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