Sici cash – Empresa de aplicativo de empréstimo acusada de usar cartões visa de clientes para transferir ilegalmente dinheiro para o exterior

Mira do Crime teve acesso a várias denúncias de funcionários que revelaram que a empresa de aplicativo crédito “Sici cash”, afecta a HighGarden, tem exigido aos trabalhadores a persuadirem cidadãos que usam cartões VISA emitidos em Portugal, para que a empresa retire o Código de Segurança do mesmo (CSC) e realize fraudulentamente transacções de dinheiro de Angola para outras partes do mundo.

Por: Cambundo Caholua

Os denunciantes, que não quiseram ser identificados, revelaram que o proprietário do aplicativo Sici cash, conhecido apenas por Jimmy, de nacionalidade chinesa, não entra em detalhes sobre o que é feito, apenas sugere que os proprietários dos cartões VISA sejam pagos com um valor estimado entre 25 a 50 mil kwanzas por cada movimento.

Logo a seguir, contaram, os técnicos de informática retiram o CSC do VISA e fazem a devolução do mesmo ao proprietário, sem mais detalhes.

No entanto, os funcionários foram descobrindo o que realmente tem ocorrido e porque muitos deles são obrigados a conseguir cartões de crédito VISA, tão logo se aperceberam das irregularidades, por iniciativa própria, entenderam denunciar.

Dizem que com este código, a empresa de aplicativo “crédito Sici cash” consegue realizar várias operações de dinheiro no exterior.

O procedimento ocorre na fase em que a empresa HighGarden, que é detentora do aplicativo de empréstimo Sici cash, recebe novo funcionário.

“Este é exigido a conseguir, pelo menos, cinco pessoas com cartão VISA, sob pena de não ser admitido na empresa”, revelou um funcionário.

Dizem também que quando são recrutados novos trabalhadores, nem todos lhes são exigidos a conseguir o cartão VISA; a exigência é feita apenas àqueles que são recrutados para trabalhar na área específica, como engenheiros informáticos ou então alguém que entenda do assunto.

Na sequência, o proprietário e a empresa usam o cartão normalmente, sem nenhum constrangimento, bastando para isso ter acesso ao CSC do VISA.

Com isso, contam os denunciantes, são feitas várias transacções financeiras de Angola para o estrangeiro, porém o proprietário do VISA não consegue perceber as transacções que são realizadas.

“O dono do cartão não nota que o seu VISA está a ser movimentado”, ressaltou o denunciante.

Por outro lado, os mesmos acusam o senhor Jimmy, de ser arrogante e fazer tudo o que bem entender.

Não dá folga aos funcionários nem dá alimentação.

Acusam também a senhora Priscila Trindade Tomizawa, de nacionalidade Japonesa e brasileira, que é a proprietária da empresa Trinity, que se responsabiliza a recrutar o pessoal para trabalhar na Sici cash, de maltratar os trabalhadores.

“A Priscila usa os funcionários, na sua maioria provenientes do interior do país, com o objectivo de dar péssimas remunerações, é tida também como alguém muito próximo do senhor Jimmy, e faz da Sici cash a sua propriedade, embora sendo apenas prestadora de serviço. O Na Mira do Crime ouviu também um outro jovem que assevera que quase todas essas empresas de aplicativo concedem crédito. Os proprietários são os mesmos”, começou por desvendar, assegurando que já trabalhou na Sicicash por alguns dias, mas não dei continuidade “porque não concordei com o que se passa por lá”.

O Na Mira do Crime contactou a senhora Priscila Trindade Tomizawa, responsável da Trynity, através do seu contacto do WhatsApp, mas esta garantiu pronunciar-se nos próximos dias.

Ao passo que o senhor Jimmy, também contactado por este jornal, preferiu não dizer nada.

NA MIRA DO CRIME

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