Liquidez dos cinco maiores bancos aumenta 22% no terceiro trimestre

O montante (agregado) das disponibilidades dos cinco maiores bancos do sistema bancário angolano (SBA) aumentou, aproximadamente, 22% no terceiro trimestre de 2024, se comparado com o mesmo período de 2023, concluiu a E&M, após observação dos balancetes das instituições em causa.

Segundo cálculos da E&M, com base nos dados extraídos dos balancetes, o valor agregado das disponibilidades dos bancos de grande dimensão cifrou-se em pelo menos 3,06 biliões Kz, contra 2,5 biliões do período homólogo, o que pressupõe o aumento de quase 560 mil milhões Kz.

No conjunto de cinco bancos, o Banco Angolano de Investimentos (BAI) detém a maior participação (33,3%). O montante ficou quantificado em pelo menos 1,02 biliões Kz, assumindo o rótulo de banco com maior liquidez no sistema.

A participação do Banco de Fomento Angola (BFA) no conglomerado bancário, apontam os dados extraídos dos balancetes do terceiro trimestre de 2024, é de quase 25,4% que equivale a pelo menos 777,9 mil milhões Kz.

Com o montante das disponibilidades a rondar os 492,6 mil milhões Kz, o Banco BIC tem uma participação de, aproximadamente, 17,7%, assumindo a posição de terceira instituição bancária com maior liquidez no SBA.

O Banco Millennium Atlântico (ATLANTICO) contribuiu com pelo menos 411,8 mil milhões Kz, o que representa 13,4% do montante agregado das disponibilidades do ‘Big five’, no terceiro trimestre do presente exercício económico.  Face ao peso no grupo, é a quarta instituição em liquidez.

A contribuição do Banco de Poupança e Crédito (BPC) no valor global foi de pelo menos 312,7 mil milhões Kz, o que reflecte 10,2% da cifra (agregado) das disponibilidades. Assim sendo, é a quinta maior instituição bancária do sistema, quando se trata da liquidez na banca angolana.

O aumento nas disponibilidades, segundo especialistas, indica que o ‘Big five’ tem maior capacidade de atender às obrigações de curto prazo, como saques de clientes e pagamentos de dívidas.

Mas, a concentração excessiva em disponibilidades, sugerem, pode indicar que os bancos de grande dimensão mantêm recursos ociosos em vez de investir ou conceder crédito, o que permitiria a rentabilizar o capital.

De acordo ainda com a crítica, o aumento das disponibilidades pode sugerir uma baixa procura por crédito no mercado ou uma postura mais conservadora dos respectivos bancos na concessão de empréstimos, especialmente num ambiente de incerteza económica ou inflação elevada.

Tendo em conta a especificidade do mercado bancário angolano, sugerem especialistas, os bancos de grande dimensão acumulam liquidez para lidar com flutuações no câmbio ou mudanças na política cambial.

 Economia e Mercado

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