A Ordem dos Contabilistas e Peritos Contabilistas de Angola apresentou uma proposta de reestruturação da dívida de 700 milhões Kz ao Banco Económico, que ficou por pagar durante dois anos, tendo designado uma equipa que está a negociar com o banco para evitar a entrega do edifício, situado na Maianga, em Luanda.
A notícia sobre a reestruturação do empréstimo gerou confusão entre os membros da ordem, com alguns a afirmarem que o edificio foi oferecido pelo Ministério das Finanças. “Uma coisa é a sede da ordem, que é património do Estado, porque funciona em instalações cedidas pela ministra das Finanças, outra coisa é o edificio na Maianga, onde funciona a Academia”, esclareceu Cristina Silvestre. A dívida ao Banco Económico supera os 700 milhões Kz, montante que inclui os juros devidos por dois anos de falta de pagamento.
Os problemas com o edificio da Academia não acabam aqui. A nova direcção teve de proceder a trabalhos de limpeza e desinfestação, custeados pelos membros do actual conselho directivo, porque o estado de abandono e degradação em que se encontrava o edificio “não oferecia condições de segurança”.
“Como ainda não tinhamos orçamento aprovado, tivemos de pagar do nosso bolso”, explica Cristina Silvestre. O orçamento foi aprovado, dois meses depois, na Assembleia Geral de 28 de Setembro, permitindo que a nova direcção avançasse também para uma “intervenção emergencial”, orçada em quase 24 milhões Kz.
As fotos do estado em que a academia se encontrava foram partilhadas na última assembleia geral. O edificio tinha problemas nas ligações eléctricas, na canalização, nas casas de banho e nos equipamentos. Vários computadores não funcionavam e outros não tinham carregadores. Do total de 59 computadores existentes nas três salas onde são ministrados estágios em ambiente controlado 44 já estão operacionais, nove estão avariados e 1 está em reparação.
Expansão