Pelo menos 355 funcionários públicos enquadrados na província do Moxico transferiram-se para outras regiões do país, nos últimos sete anos, devido ao elevado custo de vida nesta circunscrição.
Trata-se de funcionários do regime geral e especial que decidiram rumar para outras paragens do país para habitarem, maioritariamente professores e profissionais da saúde.
De acordo com o director dos Recursos Humanos do Governo Provincial do Moxico, José Brás, as províncias de Luanda, Benguela, Huambo e Bié são os principais destinos dos dissidentes. No sentido oposto, disse que neste período a província do Moxico recebeu apenas 54 funcionários provenientes de outras regiões do país, com um défice de 85 por cento.
De acordo com o responsável, o Governo local tem desenvolvido políticas de retenção e atracção de quadros, com vista a evitar o êxodo populacional de que considera elevado.
Entre as estratégias de retenção destacou que o Governo passará a facilitar os funcionários que desejam deslocar-se para outras latitudes do país a busca de actualização do grau académico, tendo em conta as limitações locais, para posteriormente servirem a província, além de outras intervenções do âmbito económico e social.
Disse que actualmente a província do Moxico conta com um universo de 12 mil funcionários públicos, maioritariamente professores e técnicos de saúde, número que considera insuficiente para prestar de um serviço público eficiente, com vista à satisfação das necessidades da população.
Moxico é a maior província do país, ocupando 17% do Território Nacional, com uma superfície de cerca de 223 mil 23 quilómetros quadrados. A região possui nove municípios, nomeadamente, Alto Zambeze, Bundas, Camanongue, Léua, Luacano, Luau, Luchazes, Cameia e Moxico.
Imparcial Press