A cidade de Benguela, na província com o mesmo nome, está há mais de 30 dias sem água potável, o que está a causar constrangimentos à população local.

Como alternativa, muitos vêm-se obrigados a recorrer à agua não tratada, retirada dos motores de irrigação, nos campos agrícolas no município.

O director de manutenção da empresa provincial de saneamentos e águas de Benguela, Domingos Festela, explica que a razão se deve ao estado avançado de degradação em que se encontram os equipamentos de distribuição de água.

“Temos uma baixa de uma electro-bomba, na captação que nós denominamos Bab e essa bomba tem um valor significativo na produção de água”, disse.

O responsável adiantou ainda que, desde que os equipamentos foram instalados, aquando da implementação do programa “água para todos em Benguela” já la se passam vários anos. “por isso é que hoje carecem de substituição, e aquilo que é a garantia do governo, na sua inserção para meter a sua mão, conforme tem estado a acompanhar a nível do Ministério da Energia e Águas, com o nosso ministro, nós não cruzamos os braços, mas também temos estado a fazer de tudo um pouco, quanto manter esse sistema operacional”, afirmou.

O desafio agora, de acordo com Domingos Festela, está relacionado com a falta de meios técnicos no mercado nacional, para a reposição, tendo apontado as bombas como a principal dificuldade.

Por esta razão, apela às famílias daquele município do litoral de Benguela a criar reserva de água para minimizar as dificuldades.

“hoje estamos a distribuir água por restrições. Quando estiver a jorrar água da torneira seria bom se (os munícipes) arranjassem lugar suficiente para acarretar a água para usar durante o período de escassez”, apelou.

Acrescentou ainda que o processo de fabrico de uma bomba, por encomenda, leva no mínimo seis meses, tendo citado Alemanha, como exemplo de mercado fornecedor possível.

“Temos estado a recorrer à empresas no mercado que nos fornece serviços, para a reparação dos elementos rotativos da bomba, por exemplo, turbina, casquilho, veio,  por hoje aqui no mercado, conforme nós conhecemos vimos que a situação é crítica e o mercado está céptico, não temos fornecedor que possa nos fornecer esses materiais disse”

Correio da Kianda