O secretário-geral da União Geral dos Trabalhadores de São Tomé e Príncipe disse, ontem, que foi informado pelo Governo de que não haverá aumento do salário mínimo na função pública este ano, contrariando um acordo já estabelecido. “
O Governo diz que este ano não vai haver aumento salarial, mas nós vimos um acordo assinado há um tempo a esta parte com outro Governo em que o salário deveria subir de forma graduativa até os 4.500 dobras [cerca de 180 euros em 2024]”, disse Costa Carlos citado pela Lusa no final da segunda reunião do Conselho de Concertação Social realizada sob a presidência do Primeiro-Ministro são-tomense, Patrice Trovoada.
O ano passado, o salário mínimo na função pública são-tomense mais do que duplicou de 1.100 para 2.500 dobras (cerca de 100 euros), ficando definido o aumento para 3.500 (cerca de 140 euros) em 2023 e atingir 4.500 dobras (cerca de 180 euros) em 2024. “Não estando desenhado esta possibilidade [de aumentos], encontramos outra forma de irmos falando, sector por sector, sindicato por sindicato com o Governo para se encontrar uma maneira airosa de se resolver a questão, porque chegar e dizer aos colegas apenas que não há aumento salarial, eu acho que vamos entrar numa convulsão social e não é essa a nossa intenção”, disse o líder sindical.
O secretário-geral da União Geral dos Trabalhadores (UGT) disse que o Governo admitiu analisar a situação dos sindicatos de forma sectorial antes de concluir a elaboração do Orçamento Geral do Estado (OGE). “Havemos de voltar aqui nos próximos dias para tomarmos contacto com o Orçamento já desenhado e concluído e aí sim, já teremos uma outra intervenção, outra noção do que será a vida dos trabalhadores para este ano, tendo em conta que a inflação está bastante alta.