No contexto econômico atual, os planos de tributação dos governos de Lula no Brasil e João Lourenço em Angola apresentam abordagens divergentes que refletem suas políticas internas. O Brasil, sob a liderança de Lula, está avançando com uma proposta ousada para taxar os mais ricos em uma escala global. Com o apoio de vários países, incluindo Alemanha, Espanha e África do Sul, a medida visa reduzir as desigualdades econômicas exacerbadas nas últimas duas décadas e financiar bens públicos essenciais como saúde e educação.
Em contraste, Angola, sob a administração de João Lourenço, tem adotado uma estratégia que parece agravar as condições dos mais pobres. Enquanto há uma reforma fiscal que alterou a tributação em diversas frentes, aumentando a carga tributária em setores como o bancário e telecomunicações, e elevando a taxa de retenção na fonte para serviços prestados por não residentes, os impostos adicionais sobre a população mais vulnerável têm contribuído para um cenário de agravamento econômico e social.
Este aumento nos impostos ocorre em um momento em que Angola enfrenta sérios desafios econômicos e sociais, com uma população que luta contra a inflação de dois dígitos e condições de vida precárias. A falta de medidas eficazes para mitigar esses problemas, juntamente com uma carga tributária crescente, sugere uma estratégia que, ao invés de aliviar, pode estar exacerbar as desigualdades existentes.
As abordagens adotadas por ambos os líderes refletem prioridades políticas distintas, onde um busca mobilizar recursos através da taxação dos mais abastados para redistribuição social, enquanto o outro, embora também reformando o sistema fiscal, parece fazê-lo de uma maneira que menos protege os vulneráveis.