Analistas afirmam que Angola ainda não fez o suficiente para combater a corrupção. Para falar sobre o assunto, ouvimos o procurador geral da república, Helder Pitta-Grós, o analista político Albino Pakisi e o especialista em assuntos de desenvolvimento, Sérgio Calundungo.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) de Angola abriu 448 processos de inquérito sobre corrupção de 2018 a 2022, dos quais 88 foram remetidos para instrução preparatória. Desse total, resultaram 20 condenações e 84 arquivamentos.
Um outro assunto na agenda do Ministério Público é a importância de uma permanente cooperação entre os distintos órgãos da administração da Justiça e a sociedade nas acções de prevenção e combate à corrupção.
As autoridades estão confiantes e garantem que a prevenção e combate à corrupção em Angola é uma realidade e pode ser aferida pelas inúmeras acções que têm sido desenvolvidas neste sentido, tais como por meio dos vários casos de processos-crime instaurados, a quantidade de activos financeiros e não financeiros recuperados, assim como através das múltiplas denúncias feitas às instituições.
Os casos de corrupção em Angola voltam à ribalta, numa altura em que está em causa um processo que envolve o grupo Trafigura, empresa presente no país e a parceira da Mota-Engil num consórcio para a concessão do Corredor do Lobito, com vista a exploração e manutenção do transporte ferroviário de mercadorias entre Lobito e Luau durante 30 anos, acusado pela justiça suíça de ter subornado funcionários públicos em Angola.
O Procurador-Geral de República afirma que o combate à prevenção e o combate vão continuar na agenda do Ministério Público.
Em declarações à imprensa, Helder Pitta-Grós diz que existe uma estratégia, mas aguardam por uma decisão do governo, liderado por João Lourenço.
VOA