Detido pelo Serviço de Investigação Criminal em Outubro de 2022, na sequência da polémica acusação por suposta burla a mais de 3.000 pessoas, estimados em 5 mil milhões Kz, Edson de Oliveira, dono da Xtagiarious Finance, já se encontra em liberdade e garante que está a preparar-se para liquidar, paulatinamente, os compromissos de dívidas junto de clientes que se viram lesados em investimentos por este desenvolvido, informou esta Quinta-feira, 21, a defesa, em nota de imprensa enviada ao Primeiro Página.
A liberdade de Edson de Oliveira foi anunciada pelo Tribulação de Relação de Luanda, que decidiu julgar procedente o pedido de habeas-corpus e em consequência ordenar a libertação do arguido patrão da Xtagiariaous, em função da prisão ter-se tornado ilegal por excesso de prisão preventiva.
“Decide-se em substituição da prisão preventiva, outra medida menos gravosa nos termos das disposições combinadas dos artigos 268, n° 1, al. b), 283, n°1 al. a), 284, n°1 e 2, pelo que a apresentação periódica às autoridades (art. 270), a caução (art. 272) e, a Interdição da saída do país (art. 276) todos do C.P.P. são adequadas ao processo”, lê-se no documento enviado à redacção deste jornal.
Com isto, Edson de Oliveira fica obrigado à apresentação semanal no Cartório da 3ª Secção Criminal da Sala dos Crimes Comuns do Tribunal da Comarca de Luanda, a prestação de caução que se fixa em 10 milhões de Kwanzas e Interdição de saída do país, devendo a 3ª Secção Criminal da Sala dos Crimes Comuns do Tribunal da Comarca de Luanda, proceder a apreensão do passaporte do recorrente.
Ao que conta a defesa, Edson de Oliveira foi posto em liberdade após os seus advogados terem colocado junto do Tribunal da Relação de Luanda, o pedido de habeas-corpus, sendo posto em liberdade mediante o termo de identidade e residência.
“Por fim, informar que é falsa a informação posta a circular nas redes sociais de que o Empresário se encontra fora do país. O empresário está a usar a liberdade que tem para poder firmar novos negócios, gerar empregos, cobrar dívidas e consequentemente retomar o pagamento paulatino dos lesados”, remata a nota.