A gestão do Fundo tem à cabeça o antigo ministro das Finanças, Carlos Alberto Lopes (PCA), sendo este coadjuvado por cinco outros administradores. No conjunto, cada um encaixou 163 mil USD em 2022, ao passo que os outros 33 colaboradores da instituição dividiram 1,5 milhão USD em salários e outras remunerações.
Os seis membros do Conselho de Administração do Fundo Soberano de Angola (FSDEA) levaram para casa 978 mil dólares em salários e outras remunerações no ano passado, montante 65% acima dos 591 mil dólares que os referidos gestores receberam para o mesmo fim em 2021, analisou o Novo Jornal o relatório e contas do FSDEA de 2022.
Contas feitas pelo Novo Jornal atestam que os 978 mil dólares que o Fundo Soberano gastou, em 2022, com salários e outras remunerações dos seus seis gestores representou 32% dos 3,1 milhões de dólares da despesa total com ordenados e outros custos com os 42 funcionários inscritos na folha de salário da instituição.
Segundo a nossa análise às cotas do Fundo, em média, no ano passado, cada administrador do Fundo Soberano de Angola encaixou 163 mil dólares de salários e outros ordenados, tendo estes tido, deste modo, uma remuneração mensal de mais de 12,5 mil dólares, uma vez que a lei angolana considera, geralmente, 13 salários por ano. A “remuneração anual [do órgão de gestão do Fundo] inclui os subsídios de Natal e de férias”, lê-se no relatório.
A realidade remuneratória do Fundo deve ser um pouco diferente, visto que o presidente do Conselho de Administração da instituição beneficia de um salário mais elevado do que os seus pares, explicam analistas ouvidos pelo NJ.
Novo Jornal