- – As Nações Unidas alertam que a luta contra a fome extrema na Nigéria, particularmente no norte da Nigéria, se intensificou devido ao aumento dos preços da energia causado pela remoção dos subsídios aos combustíveis.
- – Os crescentes custos de energia levaram à fome aguda entre 4,3 milhões de pessoas nos estados nigerianos de Borno, Adamawa e Yobe, com 700.000 crianças menores de cinco anos enfrentando desnutrição com risco de vida.
- – A insegurança causada por milícias não estatais na última década afetou gravemente a agricultura e os meios de subsistência, agravando a crise da fome na Nigéria.
As Nações Unidas afirmam que a luta contra a fome extrema na Nigéria, particularmente no norte da Nigéria, aumentou devido ao aumento dos preços da energia provocado pela eliminação dos subsídios aos combustíveis.
Matthias Schmale, o representante humanitário sênior da ONU na Nigéria, revelou isso na quarta-feira em Genebra. Ele disse que 700.000 crianças menores de cinco anos que correm risco de desnutrição com risco de vida, que dobrou de tamanho no ano passado, estão entre os 4,3 milhões de pessoas nos estados nigerianos de Borno, Adamawa e Yobe que correm risco de fome aguda.
“Já estive várias vezes em Borno e nos outros dois estados. Já vi mães lutando pela vida de seus filhos desnutridos em centros de estabilização nutricional”, disse ele. “Aqueles de nós que são pais devem imaginar como é quando você não pode garantir que seus filhos tenham o suficiente para comer”, acrescentou.
Ele alertou que o cenário “catastrófico” é principalmente consequência de mais de dez anos de insegurança associada a milícias não estatais, que impedem as pessoas de cultivar e viver da terra. Ele também destacou outros efeitos colaterais, como impactos climáticos extremos, como inundações na Nigéria, que afetaram mais de 4,4 milhões de pessoas em todo o país.
A pesquisa afirma que apenas 25% dos US$ 1,3 bilhão em ajuda humanitária necessários para a região foram recebidos até agora, observando que a questão foi agravada pelo custo crescente da crise de alimentos, gasolina e fertilizantes.
Em um esforço para combater a fome crescente no país, o Programa Alimentar Mundial (PAM) divulgou um Plano Estratégico de País (CSP) de US$ 2,5 bilhões para a Nigéria. O principal objetivo do plano é combater a fome e a desnutrição em algumas regiões, principalmente nas regiões Nordeste e Noroeste.
A estrutura de cinco anos (2023-2027) visa melhorar a nutrição e alcançar a segurança alimentar na Nigéria até 2030, o que está de acordo com o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 2 (ODS 2). Além disso, destaca a importância da igualdade de gênero, educação, saúde e bem-estar e ação climática.